O Uso Insustentável dos Recursos Naturais no Estado de Goiás: Efeitos da agricultura na conservação do bioma Cerrado
DOI:
https://doi.org/10.21664/2238-8869.2014v3i1.p55-65Resumen
Até a metade do século XX, a viabilidade das práticas agrícola em Goiás dependeu de condições edáficas naturais favoráveis para esta atividade. As florestas, como o Mato Grosso de Goiás, foram objeto de uso intensivo pelas diferentes sociedades, ao longo da história. Após a Revolução Verde, na década de 1970, o aspecto "fertilidade natural do solo" perdeu a importância que detinha para a viabilidade de projetos agrícolas. Novas técnicas agronômicas foram empregadas para o desenvolvimento de áreas naturais, possibilitando que outros ecossistemas fossem incorporados ao sistema de produção. Assim, o Cerrado sentido restrito, que ocorre em solos de baixa fertilidade, passou a ser o alvo dos desmatamentos em Goiás. Esse modelo de ocupação, por destruir preferencialmente um único tipo de ecossistema, ameaça a conservação de áreas naturais com dimensões suficientes para abrigar populações viáveis da fauna silvestre e com representatividade ecossistêmica.
Palavras-Chaves: Bioma Cerrado, Agricultura, Conservação Da NaturezaCitas
Barbosa AS, Schmitz PI 2008. Ocupação Indígena do Cerrado: Esboço de uma História: In: Sano, MS., Almeida SP, Ribeiro JF. Cerrado: Ecologia e Flora. Brasília: Embrapa, Cap. 2, p.49-68.
Cabral, JI 1949. O meio físico: posição geográfica, relevo e aspectos geológicos. In: Conselho de Imigração e Colonização. Goiás: uma nova fronteira humana. Rio de Janeiro.
Calderón V 1969. Nota Prévia do sudeste do estado da Bahia. PRONAPA 2. Publ av. Museu Paraense Emilio Gueldi, n. 10, p. 135-152.
Della Giustina CC 2013. Conservação e Degradação do Cerrado: uma história ambiental do estado de Goiás. Tese de Doutorado, Centro de Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília, Brasília, 210 pp
Faissol S 1951. A colonização no estado de Goiás. Boletim Carioca de Geografia, Ano III, n. 2/3. p. 13-25.
Faissol S 1952. O "Mato Grosso de Goiás". Rio de Janeiro: IBGE.
GDF (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL). Brasília: Lúcio Costa, Rio de Janeiro/Brasília: Edições Alumbramento, 1986.
Lima-Filho MF 2006. Karajá de Aruanã. In: MOURA, C. O. M. Índios de Goiás: uma perspectiva histórico-cultural. MOURA COM. UCG. Goiânia: Ed. Kelps, Ed. Vieira, cap. 3, p. 135-152.
Lopes, AS, Daher E 2008. Agronegócio e Recursos Naturais: desafios para uma coexistência harmônica. In: FALEIRO, F. G.; FARIAS NETO, A. L.; Savanas: Desafios e estratégias para o equilíbrio entre Sociedade, agronegócio e Recursos Naturais. Brasília: Embrapa, cap. 5, p. 173-212.
Mccreery D 2006. Frontier Goiás, 1822-1889. Stanford, California: Stanford University Press.
Mello PJC, Viana SA 2006. Breve Histórico da Arqueologia de Goiás. In: Moura, C. O. M. Índios de Goiás: uma perspectiva histórico-cultural. UCG, Ed. Kelps, Ed. Vieira. Goiânia.
Mendonça MR, Thomaz Júnior A 2004. A modernização da agricultura nas áreas de Cerrado em Goiás (Brasil) e os impactos sobre o trabalho. Investigaciones Geográficas, Boletín del Instituto de Geografía, Núm. 55, pp. 97-121.
Moura, M. C. O. Tapuios do Carretão. In: MOURA, C. O. M. Índios de Goiás: uma perspectiva histórico-cultural. Goiânia: UCG, Ed. Kelps, Ed. Vieira, cap. 3, p. 153-220, 2006.
Palacin L, Moraes MAS 2008. História de Goiás. 7. ed. Goiânia: Editora Vieira e Editora da UCG.
Pohl JE 1976. Viagem no Interior do País. São Paulo: Ed. Itatiaia, 1976.
Queiroz FA 2004. Os impactos do Comércio Internacional de Soja sobre a Biodiversidade do Cerrado. In: II Encontro da ANPPAS, Indaiatuba, São Paulo.
Reatto A, Correia JR, Spera ST, Martins ES 2008. Solos do Bioma Cerrado. In: Sano MS, Almeida SP, Ribeiro JF. Cerrado: Ecologia e Flora. Brasília: Embrapa, vol.1, cap. 5, p. 109-150.
Ribeiro JF, Walter BMT 2008. As Principais Fitofisionomias do Cerrado. Capítulo 6. In: Cerrado: Ecologia e Flora. SANO, M. S.; ALMEIDA, S. P.; RIBEIRO, J. F. Brasília: Embrapa, vol. 1, cap. 6, p. 153-212.
Saint-Hilaire A 1975. de. Viagem à Província de Goiás. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia; São Paulo: Ed. da USP.
Sano EE, Dambrós LA, Oliveira GC, Brites RS 2008. Padrões de cobertura de solos do Estado de Goiás. In: Ferreira LG. A encruzilhada socioambiental – biodiversidade, economia e sustentabilidade no cerrado. Goiânia: Editora UFG, p. 91-106.
Schmidt CB 1976. Técnicas agrícolas primitivas e tradicionais. Departamento de Imprensa Nacional.
Silva SD. O desbravador do Oeste: categorias e referências simbólicas para a colonização de Goiás na Era Vargas. In: Joel Orlando Bevilaqua Marin; Delma Pessanha Neves. (Org.). Campesinato e Marcha para Oeste. 1 ed. Santa Maria (RS): Ed. da UFSM, 2013, v. 1, p. 59-78.
Theodoro SH, Leonardos OH, Duarte LMG 2002. Cerrado: O Celeiro Saqueado. In: Duarte LMG, Teodoro SH. Dilemas do Cerrado: Entre o ecologicamente (in)correto e o socialmente (in)justo. Rio de Janeiro: Garamond.
Waibel L 1979. Capítulos de Geografia Tropical e do Brasil. 2 ed. Rio de Janeiro: IBGE.
Wehrmann MESF. 1999. A soja no Cerrado de Roraima: um estudo da penetração da agricultura moderna em regiões de fronteira. Tese (Doutorado em Sociologia). Departamento de Sociologia, Universidade de Brasília.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Esta revista oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.
A partir da publicação realizada na revista os autores possuem copyright e direitos de publicação de seus artigos sem restrições.
A Revista Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science segue os preceitos legais da licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.