Estudo Morfoanatômico e Atividade Antimicrobiana do Óleo Essencial, Extrato Bruto e Frações das Partes Aéreas de Miconia cuspidata Naudin
DOI:
https://doi.org/10.21664/2238-8869.2023v12i3.p224-238Palabras clave:
anatomia vegetal, extrato bruto, antimicrobiana, CandidaResumen
Miconia cuspidata Naudin (Melastomataceae) é uma árvore popularmente conhecida como pixirica ou sabiazeira-da-folha-fina. O objetivo do trabalho foi realizar o estudo morfoanatômico, e avaliar atividade antimicrobiana do óleo essencial, extrato bruto e frações hexano, diclorometano, acetato de etila e aquosa das folhas de M. cuspidata.Os estudos morfológicos e anatômicos foram realizados de acordo com as técnicas convencionais de anatomia vegetal. O óleo essencial foi obtido por hidrodestilação em um aparelho de Clevenger. A atividade antimicrobiana foi avaliada pelo teste de microdiluição em caldo.O estudo identificou que M. cuspidata é uma árvore com cerca de 5m altura, possui tronco cilíndrico, casca acinzentada, folhas simples, opostas e curto pecioladas, flores brancas, fruto bacáceo, suculento e purpúreo, e sementes pequenas, numerosas e claro amarronzadas. A folha é hipoestomática com estômatos diacíticos e anomocíticos. O mesofilo é dorsiventral apresentando parênquima paliçádico com duas camadas de células e parênquima lacunoso com 4 a 5 camadas de células. Observou-se tricomas glandulares simples contendo óleo em seu interior. A nervura principal é côncava-convexa com parênquima cortical apresentando 7 camadas de células, drusas e células esclerificadas. O pecíolo tem contorno convexo-levemente côncavo. O caule jovem, em corte transversal, apresenta forma oval com sulcos na região central. O extrato etanólico bruto e as frações diclorometano, acetato de etila e aquosa das folhas de M. cuspidata apresentaram atividade forte (CIM = 4-16 μg/mL) frenteCandida glabratae Candida krusei.
Citas
Alves DN, Ferreira AR, Duarte ABS, Melo AKV, Sousa DP, Castro RD 2021. Breakpoints for the classification of anti-Candida compounds in antifungal screening. BioMed Research International 2021(4):1-8.
Alves NR 2016. Estudo dos extratos de três espécies do gênero Miconia sobre a Inibição das MMPs 2 e 9 e sobre o crescimento tumoral in vitro. Dissertação de Mestrado, Programa Multicêntrico de Pós Graduação em Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade Federal de São João Del Rei, 81 pp.
Barroso PR 2015. Fitoquímica e atividades biológicas de Miconia ferruginata DC.(Melastomataceae). Tese de Mestrado, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 255 pp.
Boscolo OH 2003. Estudos etnobotânicos do município de Quissamã-RJ. Tese de Mestrado em Ciências Biológicas (Botânica) - Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 206 pp.
Cavalcante PB, Frikel P 1973. A FamacopéiaTiriyó: estudo étno-botânico. Gráfica Falangola Editora LTDA, Belém, 157 pp.
Celotto AC, Nazario DZ, Spessoto MDA, Martins CHG, Cunha WR 2003. Evaluation of the in vitro antimicrobial activity of crude extracts of three Miconia species. Brazilian Journal of Microbiology 34:339-340.
CLSI 2008. Clinical and Laboratory Standards Institute, Reference method for Broth dilution antifungal susceptibility testing of filamentous fungi; Approved Standard—Second Edition. CLSI document M38-A2. Wayne, PA: Clinical and Laboratory Standards Institute.
CLSI 2015. Clinical and Laboratory Standards Institute, Methods for Dilution Antimicrobial Susceptibility Tests for Bacteria. That Grow Aerobically; Approved Standard—Tenth Edition. CLSI document M07-A10. Wayne, PA: Clinical and Laboratory Standards Institute.
CLSI 2017. Clinical and Laboratory Standards Institute, Reference method for broth dilution antifungal susceptibility testing of yeasts, 4th ed. Wayne, PA: Clinical and Laboratory Standards Institute.
Cunha GOS, Terezan AP, Matos AP, Melo-Burger MC, Vieira PC, Fernandes JB, Menezes ACS 2020. Antimicrobial activity of isolated compounds and semisynthetic derivatives from Miconia ferruginata. Acta Brasiliensis 4(1):49-52.
Cunha GOS, Cruz DC, Menezes ACS 2019. An Overview of Miconia genus: Chemical constituents and biological activities. Pharmacognosy Reviews 13(26):77-88.
Ferreira HD, Lima LAR, Rezende MH, Paula JR, Alves VF, Chaul LT, Fiuza TS 2022. Estudo Morfoanatômico e Atividade Antimicrobiana das Folhas de Miconia ferruginata DC. Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science 11(2):19-30.
Ferri PH 1996. Química de produtos naturais: métodos gerais. In LC Di Stasi. Plantas Medicinais: arte e ciência, um guia de estudos interdisciplinares. Editora da UEP, São Paulo, 129-56 pp.
Goldenberg R 2000. Gênero Miconia Ruiz et Pavon (Melastomataceae): I. Listagens Analíticas; II. Revisão Taxonômica da Seção Hypoxanthus (Rich. ex DC.) Hook.f. 249 pp.
Goldenberg R 2010. Melastomataceae: Miconia. In: FORZZA, R. C. et al. (Eds.). Catálogo de plantas e fungos do Brasil. Vol. II, Andrea Jakobsson Estúdio e Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 1255-1263 pp.
Goldenberg R, Baumgratz JFA, Souza MLDR 2012. Taxonomia de Melastomataceae no Brasil: retrospectiva, perspectivas e chave de identificação para os gêneros. Rodriguésia 68:145-161.
Kraus JE, Arduin M 1997. Manual básico de métodos em morfologia vegetal. Ed. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 131 pp.
Leite TCC 2016. Estudo químico e farmacológico biomonitorado de sete espécies do gênero Miconia (Melastomataceae). Tese de Doutorado em Inovação Terapêutica, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 96 pp.
Moura C, Mantovani W. 2017. Regeneração natural da floresta ombrófila densa após oito anos de abandono de atividades agrícolas em Miracatu, Vale do Ribeira, SP. Revista do Instituto Florestal, 29(1), 91-119.
Paula JAMD, Silva MDRR, Costa MP, Diniz DGA, Sá FA, Alves SF, Paula JRD 2012. Phytochemical analysis and antimicrobial, antinociceptive, and anti-inflammatory activities of two chemotypes of Pimenta pseudocaryophyllus (Myrtaceae). Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine 2012:1-15.
Reis CD, Bieras AC, Sajo MDG 2005. Anatomia foliar de Melastomataceae do Cerrado do estado de São Paulo. Brazilian Journal of Botany 28: 451-466.
Rodrigues VEG, Carvalho DD 2001. Levantamento etnobotânico de plantas medicinais no domínio do cerrado na região do Alto Rio Grande-Minas Gerais. Ciência e agrotecnologia 25(1):102-123.
Rodrigues J, Michelin DC, Rinaldo D, Zocolo GJ, Santos LC, Vilegas W, Salgado HRN 2008. Antimicrobial activity of Miconia species (Melastomataceae). Journal of Medicinal Food 11(1):120-126, 2008.
Romero R, Martins AB 2002. Melastomataceae do Parque Nacional da Serra da Canastra, Minas Gerais, Brasil. Brazilian Journal of Botany 25(1):19-24.
Silva PHS, Romano CA, Oliveira-Neto JR, Cunha LC, Abrao FY, Santos AH, Paula JR, Fiuza TS 2023.Chemical composition and larvicidal activity of essential oil from Miconia cuspidate. Chemistry of Natural Compounds 59 (2):394-395.
Souza RCOS, Marquete O 2000. Miconia tristis Spring e Miconia doriana Cogn. (Melastomataceae): anatomia do eixo vegetativo e folhas. Rodriguésia 51(78/79):133-142.
Serpeloni JM, Bisarro-Reis M, Rodrigues J, Campaner-Santos L, Vilegas W, Varanda EA, Cólus IMS 2008. In vivo assessment of DNA damage and protective effects of extracts from Miconia species using the comet assay and micronucleus test. Mutagenesis, 23(6), 501-507.
Spessoto MA, Ferreira, DS, Crotti AEM, Silva MLA, Cunha WR 2003. Evaluation of the analgesic activity of extracts of Miconia rubiginosa (Melastomataceae) Phytomedicine 10: 606–609.
Tomé LU, Ferreira HD, Alves VF, Oliveira LG, Borges LL, Sá S, Paula JR, Fiuza TS 2019. Estudo morfo-anatômico, triagem fitoquímica, avaliação da atividade antimicrobiana do extrato bruto e frações das folhas de Miconia albicans (Sw.) Triana. Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science 8(2):372-391.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Esta revista oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.
A partir da publicação realizada na revista os autores possuem copyright e direitos de publicação de seus artigos sem restrições.
A Revista Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science segue os preceitos legais da licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.