Decrescimento na Perspectiva das Cidades em Transição: Resiliência e Ética Socioambiental
DOI:
https://doi.org/10.21664/2238-8869.2021v10i2.p81-96Palabras clave:
Decrescimento, Cidades em Transição, Ética Socioambiental, Mudanças Climáticas, ResiliênciaResumen
Na esteira da instabilidade socioeconômica e destruição dos ecossistemas, certas dinâmicas sociais e ecológicas surgem ancoradas nos princípios do Decrescimento e das Cidades em Transição. O objetivo deste artigo é apresentar o estado da arte do Decrescimento e avançar sua correlação com casos emblemáticos de Cidades em Transição. Metodologicamente realizou-se revisão de literatura em profundidade e análise crítica e descritiva sobre iniciativas em transição no Brasil e no mundo. Os resultados levam a crer que o principal desafio dessas iniciativas gira em torno da criação de redes populares capazes de transformar comunidades em modelos sustentáveis, integrados à natureza. Demonstrar que Cidades em Transição à luz do Decrescimento configuram-se como uma alternativa de desenvolvimento viável quando implantado em agrupamentos populacionais com escala reduzida. Percebeu-se que os movimentos analisados apresentam uma discussão ética ambiental, que pode efetivamente reduzir a pegada de carbono e aumentar a resiliência das comunidades urbanas frente a crise socioeconômica e ambiental.
Citas
Borowy, I.; Schmelzer, M. 2017. History of the futures of economic growth: historical roots of current debates on sustainable degrowth. Abingdon, Oxon. New York, NY: Routledge.
Brangwyn, B. Y.; Hopkins, R. 2011. Manual das Iniciativas de Transição. Como se tornar uma Cidade em Transição, um Município, Distrito, Vila, Comunidade ou mesmo uma Ilha. Versão 26.
Brangwyn, B. Y.; Hopkins, R. 2008. Transition Initiatives Primer. Becaming a Transition Town, City, District, Village, Community or even Island, Transition Network.
Boff, L. Dignitas Terrae.1996. Ecologia: Grito da Terra, grito dos pobres. São Paulo: Ática.
Capra, F. A. 2006.Teia da Vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo: Cultrix.
Chosmky, N.; Pollin, R. 2020. Crise climática e o Green New Deal global: a economia política para salvar planeta. Tradutor: Bruno Cobalchini Mattos. 1. ed. Rio de Janeiro: Roça Nova, 224 pp.
Coentro, L. 2016. A história do movimento de Transição. V. 1. Lisboa: dezembro.
Connors, P; Mc Donald, P. 2011. Transitioning communities: community, participation and the Transition Town movement. Community Development Journal. Vol. 46, N. 4, Oxford University Press, p. 558–572. doi: 10.1093/cdj/bsq014
Dansereau, P. 1999. Uma preparação ética para a mudança global: prospecção ecológica e prescrição moral. In: Vieira, P.F. & Ribeiro, M.A. (Org.) Ecologia humana, ética e educação. A mensagem de Pierre Dansereau. Florianópolis : APED, p. 299-370.
Demaria, F. ; Schneider, F. ; Sekulova, F. ; Martinez-Alier, J. 2013. What is degrowth ? From an activist slogan to a social movement. Environ Values. 22(2), 191 pp. doi: 10.2307/23460978
Ellen MacArthur Foundation. 2015. Towards the Circular Economy : the business rational to accelerate the transition. [cited 2021 fev 20]. Available from:
https://www.ellenmacarthurfoundation.org/assets/downloads/Rumo-a%CC%80-economia-circular_Updated_08-12-15.pdf.
Escobar, A. 2015. Degrowth, postdevelopment, and transitions: a premilinary conversation. Sustainability Science. July, Volume 10, Issue 3, p. 451-462.
Findhorn Foundation. 2021. [cited 2021 jan 25]. Available from: https://www.findhorn.org/.
Fundação StickeL. 2021. Vila Brasilândia busca economia ‘verde’. [cited out 30]. Available from: https://www.fundacaostickel.org.br/imprensa/vila-brasilandia-busca-economia-verde/
Goergescu-Roegen, N. 1971. The Entropy Law and the Economic Process, Harvard University Press, Cambridge.
GEN. Global Ecovillage Network. 2017. [cited 2020 dez 12]. Available from: https://ecovillage.org/.
Gómez de Segura, R. B. 2009. Estudio sobre el potencial transformador de las sociedades en emergencia energética. Ekonomiaz. N.71, 2º cuatrimestre.
Gudynas, E. Transitions to post-extractivism: directions, options, areas of action. In: Beyond Development Alternative Visions from Latin America. First translated edited edition: Transnational Institute / Rosa Luxemburg Foundation. Quito, Ecuador: August 2013
Grau, L. B. 2008. Movimientos por el decrecimiento en Europa. [cited 2020 nov 14]. Available from: http://www.ecologiapolitica.info/?p=5464.
Hemenway, T. 2015. The Permaculture City: Regenerative Design for Urban, Suburban, and Town Resilience. White River Junction: Chelsea Green Publishing, 269 pp.
Hernández, J. M. B. 2021. Diretora de Meio Ambiente da OMS” “70% dos últimos surtos epidêmicos começaram com o desmatamento. El País. [cited 2021 fev 12]. Available from: https://brasil.elpais.com/brasil/2021-02-06/70-dos-ultimos-surtos-epidemicos-comecaram-com-o-desmatamento.html.
Hopkins, R. 2008. The Transition Handbook. From oil dependency to local resilience, Green Books, London.
Hopkins, R. 2011. The transition companion. Making your community more resilient in uncertain times. Chelsea Green Publishing, White River Junction. EUA.
Hopkins, R. 2016. Zarzalejo Futuro: cenários futuros. Espanha. [cited 2021 13 mar] Available from: http://transitionnetwork.org/stories/zarzalejo-futuro-future-scenarios-spain/.
Holmgren, D. 2002. Permaculture: Principles and Pathways Beyond Sustainability. White River Junction: Chelsea Green Publishing.
Holling, C. S; Meffe, G. K. 1996. Command and control and the pathology of natural resource management. Conservation Biology, V. 10, N. 2. April. EUA, p. 328-337.
Latouche, S. 2007. Sobrevivir al desarrollo. De la descolonización del imaginario económico a la construcción de una sociedad alternativa. Madrid: Icaria.
Latouche, S. 2009a. Decrescimento ou barbárie! In Revista do Instituto Humanista Unisinos – IHU. On Line. Ano IX, Nº 295 de 01 de junho. São Leopoldo, RS: Unisinos/ Instituto Humanista Unisinos. [cited mar 8] Available from: <http://www.ihu.unisinos.br/uploads/publicacoes/edicoes/1244119191.0988pdf.pdf>.
Latouche, S. 2009b Pequeno tratado de decrescimento sereno. Tradução Claudia Berliner. São Paulo. WFM Martins Fontes.
Latouche, S. 2012. Decrescimento. Por que e como? In: Enfrentando os limites do crescimento: sustentabilidade, decrescimento e prosperidade. Rio de Janeiro. Garamond.
Leff, E. 2001. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. 2.ed. Petrópolis, RJ: Vozes.
Leff, E. 2012. Decrecimiento o desconstrucción de la economía, Polis [En línea], 21, doi.org/10.4067/S0718-65682008000200005.
Learch, D. 2007. Post Carbon Cities: Planning for Energy and Global Warming for Local Governments. Post Carbon Institute, Sebastopol. California.
Lima, G. F. C. 2011. Educação ambiental no Brasil : formação, identidades e desafios. Campinas : Papirus.
Loureiro, C. F. B. 2004. Educação ambiental transformadora. In : Identidades da educação ambiental brasileira / Ministério do Meio Ambiente. Diretoria de Educação Ambiental; Philippe Pomier Layrargues (coord.). – Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 156 pp.
Martinez-Alier, J. 2010. Sustainable de-growth: Mapping the context, criticism and future prospects of an emergent paradigm, Ecological Economics, v.69. ed. 9. p. 1741-1747.
Martinez-Alier, J. 2012. Environmental justice and economic degrowth. An alliance between two movements. Capital Nat Social 23(1), p. 51-73.
Max-Neef, M. 2017. Economía herética: treinta y cinco años a contracorriente. España: Icaria, 192 pp.
Notícias Terra. 2014. Projeto trabalha por cidades fortes e sustentáveis no Brasil. [cited mar 8]. Available from: https://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/projeto-trabalha-por-cidades-fortes-e-sustentaveis-no-brasil,de84961588686410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html.
Portland City Council. 2007. Report of the City of Portland, Portland City Council.
Quintas, J. S. 2004. Educação no processo de gestão ambiental: uma proposta de educação ambiental transformadora e emancipatória. In: Identidades da educação ambiental brasileira / Ministério do Meio Ambiente. Diretoria de Educação Ambiental; Philippe Pomier Layrargues (coord.). – Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 156 pp.
Raworth, K. 2017. Doughnut Economics: 7 ways to think like a 21st Century Economist – Chelsea Green Publishing. [cited fev 8]. Available from: http://dowbor.org/2017/08/kate-raworth-doughnut-economics-7-ways-to-think-like-a-21st-century-economist-chelsea-green-publishing-2017-isbn-a-economia-da-rosquinha-7-maneiras.html/.
Raworth, K. 2019. Economia Donut: uma alternativa ao crescimento a qualquer custo. Tradução George Schlesinger. 1. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 368 pp.
Roysen, R. 2013. Ecovilas e a construção de uma cultura alternativa. Dissertação. Mestrado - Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. São Paulo.
Serpa, M. C. 2020. ‘Cidades em Transição’ estimula a economia verde em bairros brasileiros. [cited dez 10]. Available from: https://claudia.abril.com.br/noticias/cidades-em-transicao-estimula-a-economia-verde-em-bairros-brasileiros/.
Transition Brasil. 2021. [cited mar 10]. Disponível em: https://transitionbrasil.ning.com/page/o-que-1.
UNDP, United Nations Development Programme. 2020a. Human Development Reports. [cited dez 20]. Available from: Human Development Reports (undp.org).
UNDP, United Nations Development Programme. 2020b. Human development indices and indicators 2019. New York: UNDP.
UK Energy White Paper. 2003. Our Energy Future-Creating a Low carbon Economy. London.
Vieira, P. F. 2016. Ecodesenvolvimento: desvelando novas formas de resistência no Antropoceno. In: Souza, C. M M; Sampaio, C. A. C. Alves, Ripoll, A.; Alcântara, L. C. S. (coords). Novos Talentos: processos de educação para o ecodesenvolvimento. Blumenau.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Liliane Cristine Schlemer Alcântara, Carlos Alberto Cioce Sampaio
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Esta revista oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.
A partir da publicação realizada na revista os autores possuem copyright e direitos de publicação de seus artigos sem restrições.
A Revista Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science segue os preceitos legais da licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.