A PROPÓSITO DA HIDROVIA ARAGUAIA-RIO DAS MORTES-TOCANTINS
DOI:
https://doi.org/10.21664/2238-8869.2012v1i2.p60-75Resumen
Até um passado recente, sempre se considerava o Araguaia como via da redenção econômica de Goiás e Tocantins. Isolado do litoral, o território goiano-tocantinense buscava uma saída para o mar por água – Belém, no norte do país era o porto mais próximo e mais viável –, por isto a hidrovia seria o caminho mais curto e, economicamente, o mais viável. Infelizmente, fracassaram os projetos e as tentativas práticas de se fazer do grande rio uma via navegável e o caminho da riqueza econômica dos goaino-tocantinenses. Volta e meia esse assunto vem à tona nos meios empresariais, políticos e administrativos. Mas, sem muito refletir sobre o assunto, imaginam que, sem muito esforço, épossível implantar hidrovias num fechar e abrir de olhos, sem atentar para os problemas que disso decorre principalmente os de natureza social e ambiental. Mesmo diante da existência de estudos mostrando a inviabilidade do grande projeto – agora rebatizado de Hidrovia Araguaia-Tocantins-Rio das Mortes e ressuscitado pelo Senado Federal –, os nossos políticos insistem nesta obra, que pode morrer no nascedouro, e as razões são principalmente de ordem técnica e, não menos importante, sociais e ambientais, como mostraremos a seguir.
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