Goiânia-GO: Um Projeto de Cidade-Jardim que não Resistiu às Forças do Progresso
DOI:
https://doi.org/10.21664/2238-8869.2019v8i3.p356-378Palabras clave:
Goiânia, Ãreas Verdes, Cidade-Jardim, ProgressoResumen
Utilizando-se do método histórico comparativo em uma perspectiva interdisciplinar, principalmente, pelo diálogo da história, urbanismo, arquitetura, paisagismo e educação o presente artigo pretende fazer, além de discussões sobre preservação ambiental, sustentabilidade e qualidade de vida em ambiente urbano, compreender como os habitantes da cidade foram mudando a sua forma de se relacionar com o meio natural ao longo dos anos. Goiânia foi pensada e idealizada para ser, além uma cidade planejada no estilo arquitetônico de cidades-jardim, a futura capital de Goiás que nascia se aproximava dos princípios de uma urbanização sustentável que procurava manter o equilíbrio entre a natureza, economia e sociedade. Utilizando-se de uma documentação variada - planta e plano diretor elaborados por Atílio Corrêa Lima, registros de fotos aéreas, mapas das áreas destinadas a parques e bosques, projetos urbanísticos e planos diretores, relatório urbanístico, dados populacionais, plantas de urbanização de bairros, mapas de loteamentos legais e ilegais - o artigo pretende mostrar que o projeto de construção de Goiânia idealizado por Atílio Corrêa Lima entrevia uma interação entre a cidade, o homem e a natureza ao destinar amplos espaços para a construção de praças, jardins e áreas verdes para o lazer, tendo em vista também, a preservação dos recursos naturais essenciais à a uma cidade que poderia abrigar até 50 mil habitantes. No entanto a partir de 1950 o êxodo rural provocando pela expansão da fronteira agrícola para o Centro-Oeste levou a uma expansão acelerada e desordenada de Goiânia, e consequentemente, a expansão da malha urbana sobre as áreas que deveriam ser de conservação e preservação.
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