Contribuição da Opinião Pública na Construção de Novos Espaços Urbanos Sustentáveis

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.21664/2238-8869.2020v9i1.p330-357

Palabras clave:

Sustentabilidade, Percepção, Desenvolvimento Urbano, Qualidade de Vida

Resumen

A gestão urbana sustentável depende da criação de uma democracia participativa, pois, a falta de representatividade democrática compromete a capacidade de atuação e resposta às demandas sociais. Assim, este trabalho objetivou analisar a percepção dos moradores de dois setores censitários do município de São Carlos sobre o espaço em que habitam, buscando elencar pontos importantes para desenvolvimento de cidades mais sustentáveis e discutir a relevância da opinião pública para construção desses novos espaços urbanos. Foram utilizados dados secundários disponibilizados pelo IBGE, GPS de mapeamento Trimble modelo Juno SA, o software ArcGIS® 10.2 e questionários para análise da percepção dos moradores. A participação social e a democracia participativa tornam-se elementos de suma importância na construção do planejamento e gestão adequada  e devem ser estudadas da maneira mais aprofundada possível para que sejam garantidas e para que subsidiem corretamente a construção das cidades, pois, a demanda particular dos habitantes muda de um local para outro e a sua análise é tão ou mais importante que a definição de modelos pré-estabelecidos e rígidos propostos por outras realidades que não a do local em estudo.

Biografía del autor/a

Mariana Dorici, Universidade Federal de São Carlos, UFSCAR, Brasil.

Doutorado em andamento em Ciências Ambientais pela Universidade Federal de São Carlos, UFSCAR, Brasil. Mestrado em Ciências Ambientais pela Universidade Federal de São Carlos, UFSCAR, Brasil.

Luiz Eduardo Moschini, Universidade Federal de São Carlos, UFSCAR, Brasil.

Doutorado em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos, UFSCAR, Brasil. Professor na Universidade Federal de São Carlos, UFSCAR, Brasil.

Citas

Acselrad H 2007. Vigiar e Unir - a agenda da sustentabilidade urbana? Rev VeraCidade. Ano 2(2): 1-11.
Bargos DC, Matias LF 2011. Áreas verdes urbanas: um estudo de revisão e proposta conceitual. Rev Bras Arb Urb 6(3): 172-188.
Brasil 2005. Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica. Resolução nº 3, de 3 de agosto de 2005. Define normas nacionais para a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos de duração.
Brasil 2012. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Série E. Legislação em Saúde.
Brasil 2013. Ministério das Cidades. Planejamento em Mobilidade Urbana. Projeto Diálogos Setoriais.
Brasil F, Silva G, Carneiro R, Almeida M 2012. Gestão democrática das cidades e instituições participativas: tendências no contexto brasileiro recente. Economia Global e Gestão 17(1): 117-134.
Brasil FPD, Reis GG 2015. Democracia, Participação e Inclusão Política: Um Estudo Sobre as Conferências de Políticas Para as Mulheres de Belo Horizonte. Rev Serv Públ 66(1): 7-27.
Brundtland GH 1987. Our common future: Report of the 1987 World Commission on Environment and Development. United Nations, Oxford: Oxford University Press.
Childers DL, Pickett STA, Grove JM, Ogden L, Whitmer A 2014. Advancing urban sustainability theory and action: Challenges and opportunities. Landscape and Urban Planning 125: 320-328.
Colenci PL, Ferrati LCLB, Sousa IN, Oliveira CM 2015. A crise de representação democrática e o Orçamento Participativo como experiência de democracia participativa. In CM Oliveira, Novos Direitos: Cidades em Crise? RiMa Editora, São Carlos, p. 207-223.
De Oliveira CH 1996. Planejamento ambiental na Cidade de São Carlos (SP) com ênfase nas áreas públicas e áreas verdes: diagnóstico e propostas, Masters dissertation, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 181 pp.
Devescovi RCB 1987. Urbanização e Acumulação: um estudo sobre a cidade de São Carlos. Arquivo de História Contemporânea - UFSCar, São Carlos, 257pp.
Farr D 2013. Urbanismo Sustentável: desenho urbano com a natureza. Bookman, Porto Alegre, 326 pp.
Fonseca JJS 2002. Metodologia da pesquisa científica. Universidade Estadual do Ceará, Apostila, Fortaleza, 125pp.
Gehl J 2015. Cidades para pessoas. 3rd ed. Perspectiva, São Paulo, 256pp.
Gerhardt TE, Silveira DT 2009. Métodos de pesquisa. Editora da UFRGS, Porto Alegre, 120pp.
Gil AC 2007. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. Atlas, São Paulo, 193pp.
Guimarães SVC, Araujo EC, Braga, DU 2015. Bairros Sustentáveis: desenhos e práticas em discussão. Cidades verdes 03 (07): 100-114.
Hassan AM, Lee H 2015. The paradox of the sustainable city: definitions and examples. Environment, Development and Sustainability 17: 1267-1285.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE [homepage on the Internet]. Cidades. [updated 2010, cited 2016 feb 04]. Available from: http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=354890&search=sao-paulo|sao-carlos.
ITDP Brasil, Labcidade 2014. Ferramenta de avaliação de inserção urbana para empreendimentos de faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida. R Rolnik 42 pp.
Jacobs J 2000. Morte e vida das grandes cidades. Martins Fontes, São Paulo, 528pp.
Leite C, Awad JCM 2012. Cidades sustentáveis, cidades inteligentes: desenvolvimento sustentável num planeta urbano. Bookman, Porto Alegre, 264pp.
Limonad E 2013. A insustentável natureza da sustentabilidade: da ambientalização do planejamento às cidades sustentáveis. Cadernos Metrópole 15(29): 123-142.
Luchmann LHH 2008. Participação e representação nos conselhos gestores e no orçamento participativo. Caderno CRH, UFBA, 21: 87-97.
Marins KRCC, Roméro MA 2013. Urban and energy assessment from a systemic approach of urban morphology, urban mobility, and buildings: case study of Água Branca in São Paulo. J Urban Plann Dev 139(4): 280-291.
Mascaró L, Mascaró JJ 2009. Ambiência Urbana. Masquatro Editora, Porto Alegre, 200 pp.
Meritt, Fundação Lemann [homepage on the Internet]. QEdu: Aprendizado em Foco [updated 2014; cited 2016 feb 22]. Available from: http://www.qedu.org.br/.
Minayo MCS 2001. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 79pp.
Ministério da Saúde 2011. Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).
Município de São Carlos 2005. Lei 13.691 de 25 de novembro de 2005. Institui o Plano Diretor do Município de São Carlos e dá outras providências.
Município de São Carlos 2010. Plano Local de Habitação de Interesse Social de São Carlos (PLHIS).
Município de São Carlos 2011. Secretaria Municipal de Habitação e desenvolvimento urbano. Base Cartográfica elaborada a partir do levantamento aerofotogramétrico realizado em junho de 1998, São Carlos - Área Urbana.
Município de São Carlos 2016a. Projeto de Lei de 1º de julho de 2016 (Proc. 21.058/13). Estabelece o Plano Diretor do Município de São Carlos, e dá outras providências.
Município de São Carlos 2016b. Unidades de Saúde. São Carlos, São Paulo, Brasil, 2016b [cited 2016 feb 22]. Avaliable from: http://www.saocarlos.sp.gov.br.
Nucci JC, Cavalheiro F 1999. Cobertura vegetal em áreas urbanas - conceito e método. Rev GEOUSP 6: 29-36.
Pickett, STA, Boone CG, Mcgrath BP, Cadenasso ML, Childers DL, Ogden LA, Mchale M, Grove JM 2013. Ecological science and transformation to the sustainable city. Cities 32(1): S10-S20.
Piorr A, Ravetz J, Tosics I 2011. Peri-urbanisation in Europe: Towards European policies to sustain urban-rural futures (PLUREL). Academic Books Life Sciences, University of Copenhagen, 144 pp.
Rogers DS, Duraiappah AK, Antons DC, Munoz P, Bai X, Fragkias M, Gutscher H 2012. A vision for human well-being: transition to social sustainability. Current Opinion in Environmental Sustainability 4(1): 61-73.
Rueda S 2002. El Urbanismo ecológico. Agència d’Ecologia Urbana de Barcelona, Barcelona, 108 pp.
Santos MJ, Carniello MF, Oliveira EAAQ 2013. Comunicação digital na gestão pública dos municípios da RMVP: acesso à informação, transparência e mecanismos de participação. Rev Bras Des Reg 1(1): 167-184.
Schewenius M, Mcphearson T, Elmqvist T 2014. Opportunities for Increasing Resilience and Sustainability of Urban Social - Ecological Systems: Insights from the URBES and the Cities and Biodiversity Outlook Projects. AMBIO 43(4): 434-444.
Secretaria da Saúde do Governo do Estado de São Paulo [database on the Internet]. Consulta de Unidades de Saúde. 2016 - [cited 2019 Jul 08]. Available from: http://www.saude.sp.gov.br/ses/perfil/cidadao/homepage/outros-destaques/unidades-de-saude
Silva SAM 2013. Democracia participativa e processo decisório de políticas públicas: a influência da campanha contra a Alca. Sociedade e Estado, Brasília 28(1): 53-74.
Sperandelli DI, Dupas FA, Pons NAD 2013. Dynamics of urban sprawl, vacant land, and green spaces on the metropolitan fringe of São Paulo, Brazil. J Urban Plann Dev 139(4): 274-279.
Truzzi OMS, Nunes PR, Tilkian R 2008. Café, indústria e conhecimento - São Carlos: uma história de 150 anos. EdUFSCar; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, São Carlos, 200pp.
Vale DS 2013. Does commuting time tolerance impede sustainable urban mobility? Analysing the impacts on commuting behaviour as a result of workplace relocation to a mixed-use centre in Lisbon. Journal of Transport Geography 32: 38-48.
Wee BV, Handy S 2016. Key research themes on urban space, scale, and sustainable urban mobility. International Journal of Sustainable Transportation 10(1): 18-24.
Ye L 2013. Urban transformation and intitutional policies: case study of mega-region development in China’s Pearl River Delta. J Urban Plann Dev 139(4): 292-300. ZAR JH 2010. Biostatistycal analysis. 15th ed. Prentice-Hall, New Jersey, 944 pp.

Publicado

2020-03-04

Cómo citar

DORICI, Mariana; MOSCHINI, Luiz Eduardo. Contribuição da Opinião Pública na Construção de Novos Espaços Urbanos Sustentáveis. Fronteira: Journal of Social, Technological and Environmental Science, [S. l.], v. 9, n. 1, p. 330–357, 2020. DOI: 10.21664/2238-8869.2020v9i1.p330-357. Disponível em: https://revistas2.unievangelica.edu.br/index.php/fronteiras/article/view/2854. Acesso em: 22 nov. 2024.