Goiânia-GO: Um Projeto de Cidade-Jardim que não Resistiu às Forças do Progresso

Autores

  • Hamilton Afonso de Oliveira Universidade Estadual de Goiás, UEG, Brasil.
  • Susana Sardinha Beker Universidade Estadual de Goiás, UEG, Brasil.
  • Jonh Moreira Domingos Pontifícia Universidade Católica de Goiás, PUC GOIÁS, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.21664/2238-8869.2019v8i3.p356-378

Palavras-chave:

Goiânia, Áreas Verdes, Cidade-Jardim, Progresso

Resumo

Utilizando-se do método histórico comparativo em uma perspectiva interdisciplinar, principalmente, pelo diálogo da história, urbanismo, arquitetura, paisagismo e educação o presente artigo pretende fazer, além de discussões sobre preservação ambiental, sustentabilidade e qualidade de vida em ambiente urbano, compreender como os habitantes da cidade foram mudando a sua forma de se relacionar com o meio natural ao longo dos anos. Goiânia foi pensada e idealizada para ser, além uma cidade planejada no estilo arquitetônico de cidades-jardim, a futura capital de Goiás que nascia se aproximava dos princípios de uma urbanização sustentável que procurava manter o equilíbrio entre a natureza, economia e sociedade. Utilizando-se de uma documentação variada - planta e plano diretor elaborados por Atílio Corrêa Lima, registros de fotos aéreas, mapas das áreas destinadas a parques e bosques, projetos urbanísticos e planos diretores, relatório urbanístico, dados populacionais, plantas de urbanização de bairros, mapas de loteamentos legais e ilegais - o artigo pretende mostrar que o projeto de construção de Goiânia idealizado por Atílio Corrêa Lima entrevia uma interação entre a cidade, o homem e a natureza ao destinar amplos espaços para a construção de praças, jardins e áreas verdes para o lazer, tendo em vista também, a preservação dos recursos naturais essenciais à a uma cidade que poderia abrigar até 50 mil habitantes. No entanto a partir de 1950 o êxodo rural provocando pela expansão da fronteira agrícola para o Centro-Oeste levou a uma expansão acelerada e desordenada de Goiânia, e consequentemente, a expansão da malha urbana sobre as áreas que deveriam ser de conservação e preservação.

Biografia do Autor

Hamilton Afonso de Oliveira, Universidade Estadual de Goiás, UEG, Brasil.

Doutorado em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, Brasil. Professor na Universidade Estadual de Goiás, UEG, Brasil.

Susana Sardinha Beker, Universidade Estadual de Goiás, UEG, Brasil.

Mestrado Ambiente e Sociedade pela Universidade Estadual de Goiás, UEG, Brasil.

Jonh Moreira Domingos, Pontifícia Universidade Católica de Goiás, PUC GOIÁS, Brasil.

Graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, PUC GOIÁS, Brasil.

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Publicado

2019-09-01

Como Citar

OLIVEIRA, Hamilton Afonso de; BEKER, Susana Sardinha; DOMINGOS, Jonh Moreira. Goiânia-GO: Um Projeto de Cidade-Jardim que não Resistiu às Forças do Progresso. Fronteira: Journal of Social, Technological and Environmental Science, [S. l.], v. 8, n. 3, p. 356–378, 2019. DOI: 10.21664/2238-8869.2019v8i3.p356-378. Disponível em: https://revistas2.unievangelica.edu.br/index.php/fronteiras/article/view/3200. Acesso em: 21 nov. 2024.