Disposição a Pagar por Espaços Verdes Urbanos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21664/2238-8869.2021v10i3.p89-100

Palavras-chave:

valoração econômica, método de valoração contingente, política ambiental, economia ambiental, parques urbanos

Resumo

O artigo buscou responder: quanto os frequentadores do parque Araçá (Recife - Pernambuco) estão dispostos a pagar por melhorias propostas - cenário com melhoria da qualidade ambiental - na área de estudo? Aplicamos o método de valoração contingente para estimar o valor econômico da área, avaliando a Disposição a pagar (DAP) de seus frequentadores. Buscamos entender quais os fatores socioeconômicos contribuem nas preferências dos usuários por visitação ao parque. O modelo adotado foi um Probit Bivariado com perguntas duplas (dicotômicas). Calculamos dois modelos para estimar a DAP – forma funcional linear na renda e forma funcional log linear na renda. O primeiro teve DAP de R$ 11,71, enquanto o segundo foi de R$ 11,23. O resultado de ambos os modelos mostrou que o valor do lance oferecido a exerce maior influência sobre probabilidade de os entrevistados dizerem sim. E que, fatores como o sexo, a idade e o nível de escolaridade dos entrevistados não se mostraram bons fatores explicativos da aceitação do lance. A distância da moradia em relação parque, o dia em que ocorre a visita e o tempo de visita são variáveis que explicaram bem a aceitação do lance. Ao final calculamos o excedente do consumidor, R$ 545.151,90 (modelo logLinear) e R$ 568.075,52 (modelo linear).

Biografia do Autor

Claudiano Carneiro Cruz Neto, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Professor Adjunto do Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas – UFRB. Cruz das Almas – Brasil.

Carlos Eduardo Menezes da Silva, IFPE. Recife – Brasil

Professor Assistente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE. Recife – Brasil.

Zenaide Rodrigues Ferreira, UNB, Brasília, Brasil

Doutoranda do Programa de Economia Ambiental da UNB.

Brasilia – Brasil.

Victor Emmanuel Andrade Albuquerque, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE. Recife – Brasil.

Tecnólogo em Gestão Ambiental pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE. Recife – Brasil.

Ivano Fabricio Santos de Morais, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE

Tecnólogo em Gestão Ambiental pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE. Recife – Brasil.

 

Ívison Renato Vasconcelos Silva, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE

Tecnólogo em Gestão Ambiental pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE. Recife – Brasil.

Natália Ferraz Lima dos Santos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE

Tecnólogo em Gestão Ambiental pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE. Recife – Brasil.

Juliana Silveira de Moura Albuquerque, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE

Tecnólogo em Gestão Ambiental pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE. Recife – Brasil.

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Publicado

2021-12-28

Como Citar

CRUZ NETO, Claudiano Carneiro; SILVA, Carlos Eduardo Menezes da; FERREIRA, Zenaide Rodrigues; ALBUQUERQUE, Victor Emmanuel Andrade; MORAIS, Ivano Fabricio Santos de; SILVA, Ívison Renato Vasconcelos; SANTOS, Natália Ferraz Lima dos; ALBUQUERQUE, Juliana Silveira de Moura. Disposição a Pagar por Espaços Verdes Urbanos. Fronteira: Journal of Social, Technological and Environmental Science, [S. l.], v. 10, n. 3, p. 89–100, 2021. DOI: 10.21664/2238-8869.2021v10i3.p89-100. Disponível em: https://revistas2.unievangelica.edu.br/index.php/fronteiras/article/view/4523. Acesso em: 26 dez. 2024.