Híbridos de Milho Afetam a Quantidade de Etanol Produzida no Cerrado do Centro-Oeste Paulista
DOI:
https://doi.org/10.21664/2238-8869.2020v9i1.p424-438Palavras-chave:
Zea mays, Saccharomyces cerevisiae, Bioenergia, Setor SucroenergéticoResumo
O setor sucroenergético brasileiro vem utilizando o milho para a produção de etanol por apresentar ciclo vegetativo de 120 dias, cultivo em áreas de renovação de canaviais, e seus grãos podem ser armazenados por longos períodos de tempo. Neste sentido, o objetivo da pesquisa foi avaliar as características agronômicas de três híbridos de milho, e os reflexos do processamento dos grãos para a produção de etanol. O experimento foi instalado no município de Agudos no Estado de São Paulo na safra 2016/2017. A área experimental foi de 8.000m2, com 12 parcelas de 450m2 cada. Utilizou-se os híbridos 2B587PW, 2B633PW e 2B810PW. O plantio foi realizado em outubro de 2016 e a colheita ocorreu aos 150 dias após a semeadura (DAS). Durante o desenvolvimento da cultura (45, 75, 90 e 110 DAS) avaliou-se os parâmetros biométricos. Os grãos foram colhidos mecanicamente, triturados e imersos em água, adicionando-se a enzima α-amilase, originando o mosto. Os mostos foram submetidos à inoculação pela levedura industrial BG-1. Os híbridos 2B587PW, 2B633PW e 2B810PW resultaram em 3,65, 3,74 e 2,94 t ha-1 de grãos, respectivamente. Observaram-se valores médios de 430 L de etanol recuperados por ha processado. Conclui-se que o híbrido 2B633PW é o mais indicado para o cultivo no centro-oeste paulista, por apresentar maior produtividade de grãos, bem como há reflexos dos híbridos de milho processados sob o desempenho fermentativo da levedura BG-1, sendo o 2B810PW o que resulta em maior eficiência fermentativa e quantidade de etanol produzida por tonelada de milho processada.
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