Gravidez ectópica e seus impactos na saúde reprodutiva da mulher
Resumo
A gravidez ectópica (EP) é quando o embrião se adere e começa a se desenvolver fora da cavidade uterina e a importância do estudo consiste em oferecer informação sobre os fatores de risco, as opções terapêuticas e os impactos na saúde reprodutiva das mulheres. Os artigos foram encontrados no banco de dados Pub Med, a partir de critérios de inclusão que envolvessem artigos originais na língua portuguesa e inglesa, publicados nos últimos 5 anos, tendo como grupo amostral grávidas e puérperas. Os resultados encontrados nos trabalhos evidenciaram que os fatores desencadeadores são o uso de benzodiazepínicos, pré-eclâmpsia, idade avançada, tabagismo e doenças inflamatórias pélvicas. Já as opções terapêuticas se baseiam em manejo expectante, uso de metotrexato e cirurgia laparoscópica. Além disso, foi constatado que a EP anterior aumenta o risco de eventos adversos na gravidez futura. Com a análise desses artigos, foi discutido que um dos maiores fatores de risco para a ocorrência de EP são procedimentos de reprodução assistida, como a inseminação artificial e a fertilização in vitro, visto que a incidência desses procedimentos tornou maiores as chances de má implantação do feto. Foi destacado a importância do diagnóstico oportuno e da conscientização sobre a condição para melhorar os resultados clínicos. Também verificou-se que a localização específica da gravidez ectópica não influencia a gravidade das complicações. A cirurgia laparoscópica foi o principal método de tratamento, sendo a salpingostomia a mais comum. Além disso, o manejo expectante deve ser considerado o tratamento de escolha, por ter melhores desfechos. Por fim, os trabalhos publicados concluíram que é de extrema necessidade a discussão dos fatores de risco, as opções terapêuticas da EP e os seus impactos na saúde reprodutiva feminina, de modo que as mulheres obtenham um maior sucesso em concepções futuras.