Correlação entre a exposição a medicamentos e suplementos vitamínicos durante a gravidez e o risco de desenvolvimento de autismo na prole
Resumo
Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição que afeta o desenvolvimento neurológico do indivíduo. Apesar de não haver a causa exata do autismo, tenta-se entender se seu aparecimento pode estar relacionado a fatores externos. Assim, a presente revisão integrativa tem como objetivo entender se o uso de medicamentos e suplementos vitamínicos durante a gravidez influencia o desenvolvimento de Transtorno de Espectro Autista (TEA) pela prole. Para isso, foram pesquisados artigos no Pubmed e na Biblioteca Virtual de Saúde considerando como critério de inclusão artigos disponíveis de forma gratuita e completa, artigos de ensaios clínicos, em idiomas português ou inglês e publicados nos últimos 10 anos. A partir da análise dos 18 artigos selecionados, conclui-se que os fármacos apresentados, por terem diferentes mecanismos de ação, posologia e composição, trouxeram relações controversas em relação ao risco de desenvolvimento de autismo. Dentre os que causam aumento, destacam-se: acetaminofeno, opióides, agonista do receptor beta 2 - adrenérgico, ritodrina e valproato. Dentre os que apresentaram resultados contraditórios: antibióticos. Dentre os que os artigos cujos resultados não permitiram chegar a conclusões definitivas: medicamentos relacionados ao sistema de neurotransmissores e antipsicóticos. E aqueles que não causam aumento ou diminuem o risco, tem-se, respectivamente, antidepressivos e suplementação multivitamínica/ácido fólico.