As desigualdades nos óbitos de COVID-19: uma mini revisão integrativa de literatura
Resumo
As desigualdades no número de óbitos de COVID-19 constituem um tema de grande relevância que tem sido amplamente investigado no mundo todo. Diversos estudos têm indicado que tais desigualdades estão relacionadas a múltiplos fatores, tais como variáveis socioeconômicas, étnicas, raciais e de saúde. Nessa perspectiva, a presente análise trata-se de uma mini revisão integrativa de literatura que teve como objetivo expor dados abrangentes e atualizados sobre as disparidades sociais relacionadas aos óbitos pelo COVID-19 no Brasil e contribuir para o debate e na compreensão do problema. Foram utilizados cinco artigos das bases de dados Scientific Eletronic Library (SciELO), Portal Regional da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e National Library of Medicine and National Institutes of Health (PUBMED), identificados a partir dos descritores “COVID-19”, “Saúde Pública”, “Indicadores de Desigualdade em Saúde”, “Pandemia COVID-19” e “SUS”. Diante dos artigos lidos, constatou-se que populações que se encontram em situações de vulnerabilidade social, dentre as quais se incluem grupos minoritários e de baixa renda, têm se mostrado mais suscetíveis a infecções graves e fatalidades. Tal fenômeno é consequência de uma complexa conjunção de fatores, que incluem desigualdades no acesso à assistência médica, maior exposição ao vírus no ambiente de trabalho e em locais de convívio social, além de condições de vida precárias e insalubres. Não se limitando a condições econômicas, segundo o Ministério da Saúde, o maior número de mortes foi entre negros. Assim, entende-se, que embora se trate de uma mesma doença, esta, não foi vivida da mesma forma pelos diversos segmentos ou grupos sociais no Brasil, sendo necessário implementar medidas de alcance amplo e de natureza multidisciplinar.