Os efeitos sistêmicos do uso do cigarro eletrônico: uma mini revisão integrativa

Autores

  • Mariana Bessa Marinho
  • Enzo Boaventura Sandes
  • Guilherme Victor Castro de Paulo
  • Ulric Araújo Vitória
  • Cristine Araújo Póvoa

Resumo

O uso de cigarros eletrônicos (e-cigarros) foi descoberto como causador de efeitos deletérios em todo o corpo, incluindo os sistemas cardiovascular, nervoso, pulmonar e imunológico. Estudos mostram que a inalação do aerossol de e-cigarros, contendo nicotina, propilenoglicol e glicerol, leva a aumentos agudos na rigidez arterial, redução do fluxo sanguíneo coronário, inflamação arterial e arteriogênese. Isso ocorre devido à produção de radicais livres e carbonilas voláteis que são potentes vasoconstritores e estressores oxidativos. O uso de e-cigarros também aumenta a mieloperoxidase plasmática, que contribui para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. A nicotina, o principal agente simpático em e-cigarros, induz sensibilidade cardíaca aumentada às catecolaminas, levando a aumento da frequência cardíaca, pressão arterial e redução da atividade nervosa simpática. O uso de e-cigarros também foi associado à irritação do trato respiratório superior e redução da capacidade pulmonar. Além disso, também demonstrou efeitos significantes na redução das funções imunossupressoras e imunoativadoras, aumentando o risco de infecções devido a fragilização do sistema imunológico. Em geral, essas descobertas indicam que os e-cigarros apresentam riscos graves à saúde dos usuários. Nessa revisão integrativa acessamos as bases de dados do PubMed e Google Acadêmico e selecionamos artigos publicados entre 2018 e 2023 no idioma inglês que atendessem aos nossos critérios de elegilibidade.

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Publicado

2023-06-19

Edição

Seção

RESUMOS - Medicina Preventiva