Prevalência e impactos da obesidade na qualidade de vida de pessoas idosas
Palavras-chave:
Obesidade. Qualidade de Vida. Idoso.Resumo
O processo de envelhecimento é fisiológico e as mudanças que ocorrem limitam respostas corporais a estímulos e doenças. No Brasil, a expectativa de vida tem aumentado e com isso cresce o risco de doenças crônicas não transmissíveis como a obesidade. O estudo trata-se de uma revisão integrativa de literatura, em que a coleta de dados foi feita a partir da busca bibliográfica, nas bases de dados: Public Medlines (Pubmed), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Ovid, Science Direct, Cochrane e Medlines. utilizando dos descritores “Obesidade” AND “Qualidade de vida” AND “Idoso”; bem como artigos em inglês ou português, de estudos publicados entre 2001 a 2020. Como resultado, é possível notar que o excesso de peso na população idosa tem maior prevalência entre as mulheres, enquanto os homens são menos acometidos, mesmo possuindo maior relação entre índice de massa corporal ou razão cintura-quadril como fatores de risco. Nesse sentido, associa-se à redução da prática de atividades físicas e à alimentação inadequada, visto que esses fatores contribuem para o aumento do perfil antropométrico e para a ocorrência de doenças crônicas. Assim, conclui-se que o excesso de peso nos idosos é um fator preocupante, pois associado com o sedentarismo e com a má alimentação, comuns nessa faixa etária, pode levar à obesidade e várias outras doenças.
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