A automedicação entre acadêmicos de medicina
Palavras-chave:
Acadêmicos de medicina, AutomedicaçãoResumo
A automedicação é um tratamento terapêutico leigo que consiste no consumo de medicamentos com a finalidade de aliviar e tratar sintomas de doenças diagnosticadas pelo paciente além, de promover melhoras na qualidade psíquica. À vista disso, a prática de consumo abusivo de psicofármacos tornou-se muito frequente entre os acadêmicos de medicina, ocasionando, desse modo, uma interferência na qualidade de vida e na aprendi-zagem dos estudantes. Nessa perspectiva, trata-se de uma mini revisão integrativa que buscou analisar as causas da automedicação entre acadêmicos de medicina. Foi utilizada a estratégia PICO para especificar a pergunta norteadora e definição dos descritores do tra-balho. Os artigos foram buscados no banco de dados Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), National Library of Medicine and National Institutes of Health (PubMed), levando em con-sideração os descritores de ciências da saúde (DeCS): “acadêmicos de medicina”, “auto-medicação”, “med students” e “self medication”. Constatou-se que a prevalência de auto-medicação pelos acadêmicos de medicina tem relação com a sobrecarga do curso. Posto isso, nota-se que esses estudantes iniciam essa prática como medida de cuidado paliativo não efetivo com o objetivo de minimizar sintomas mais imediatos. Portanto, conclui-se que há um uso excessivo de medicamentos pelos acadêmicos de medicina, juntamente com o uso excessivo de álcool, tabaco e drogas ilícitas como maconha e cocaína. Isso ocorre prin-cipalmente pelo fácil acesso a medicamentos e drogas, pela influência social, pela carga horária excessiva e pela dor de cabeça, sintoma mais comum entre a os estudantes.
Referências
DURIGAN R.A.; MACHADO L.C.S. O uso de tabaco e drogas pelos estudantes de medicina. Braz. J. of De-velop., Curitiba, v. 6, n. 10, p. 83162-83168, 2020.
FEODRIPPE A.L.O.; BRANDÃO M.C.F.; VALENTE T.C.O. Medical students’ quality of life: a review. Rev Bras Educ Med., v. 37, n. 3, p. 418-428, 2013. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0100- 55022013000300014. Acesso em: 11 maio 2022.
KHADKA A.; KAFLE K.K. Prevalence of Self-medication among MBBS students of a Medical College in Kath-mandu. JNMA J Nepal Med Assoc. v. 58, n. 222, p. 69-75, 2020. DOI: 10.31729/jnma.4840.
MENEZES A., et al. Tabagismo em estudantes de Medicinam tendências temporais e fatores associados. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 30, p. 223-228, 2004.
MORAES L.G.M., et al. Automedicação em acadêmicos de Medicina. Rev Soc Bras Clin Med., v. 16, n. 3, p. 167-170, 2018.
NASCIMENTO C.S., et al. Avaliação da automedicação entre estudantes de medicina de uma instituição de ensino de Alagoas. Rev Med., v. 98, n, 6, p. 367-373, 2019.
NASARIO M.; SILVA M. O consumo excessivo de medicamentos psicotrópicos na atualidade. 2014. Artigo Científico (Pós-Graduação em Saúde Mental e Atenção Psicossocial) - Centro Universitário para o Desen-volvimento do Alto Vale do Itajaí, Rio do Sul, 2014.
TOGNOLI T.A., et al. Automedicação entre acadêmicos de medicina de Fernandópolis – São Paulo. J Health Biol Sci. V. 7, n. 4, p. 382-386, 2019.
117
RESU – Revista Educação em Saúde: V10, suplemento 1, 2022
BRAUNAS C. Hutrin alerta sobre os riscos da automedicação. Secretaria de Estado de Saúde Governo do Estado de Goiás. 2021. Disponível em: https://www.saude.go.gov.br/noticias/12919-hutrin-alerta-sobre-os-riscos-da-automedicacao. Acesso em: 11 maio 2022.
