A violência obstétrica no Brasil pela perspectiva das mulheres vítimas: Uma mini revisão integrativa de literatura
Palavras-chave:
Violência Obstétrica, racismo, parto, Saúde da mulherResumo
A violência obstétrica no Brasil, além de muito recorrente, é bastante desconhecida tanto pelas mulheres que sofrem, quanto pelos profissionais que não se atentam e negligenciam tal problemática. Nessa perspectiva, a presente análise trata-se de uma mini revisão integrativa de literatura que teve como objetivo expor a prevalência de casos de violência obstétrica entre mulheres, com um destaque às mulheres negras no Brasil. Foram utilizados seis artigos das bases de dados Scientific Eletronic Library (SciELO), Portal Regional da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e National Library of Medicine and National Institutes of Health (PUBMED), identificados a partir dos descritores “violência contra mulher”, “violência obstétrica”, “profissionais de saúde”, “mulheres negras”, “racismo”, “SUS”. Diante dos artigos lidos, constatou-se que as diversas formas e vertentes da violência obstétrica não são reconhecidas, o que evidencia que se trata de um assunto pouco discutido entre as pessoas, principalmente mulheres e profissionais de saúde. Além disso, um aspecto bastante relevante é a violência obstétrica quando abordada em relação a classe e raça, sendo possível observar a prevalência de atos violentos contra mulheres negras, como por exemplo, o maior risco destas de ter um pré-natal inadequado, como indicado pelo Ministério da Saúde. Mediante o exposto, conclui-se que as práticas violentas são frequentes, mesmo com a existência de leis que atuam para erradicar tais atos, como a Lei n 17 226, devido a compreensão difusa do termo violência obstétrica e da negligência da sua ocorrência.