Fatores de risco, prevenção e os principais aspectos semiológicos da depressão pós-parto no Brasil: uma revisão integrativa de literatura
Palavras-chave:
Depressão Pós-Parto, Atenção Primária à Saúde, Prevenção, Sintomatologia, Fatores de RiscoResumo
A depressão pós-parto (DPP) é uma condição psíquica de profunda tristeza, ansiedade e falta de esperança causada pelo desequilíbrio hormonal, estrutural e psicológico no período puerperal, que é marcada pela expulsão da placenta no parto que se estende até a retomada do organismo materno às suas condições anteriores ao parto. Objetivou-se descrever e discutir os principais fatores de riscos e prevenção, além de identificar os principais aspectos semiológicos referentes à depressão pós-parto no Brasil. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura cuja coleta de dados deu-se a partir das bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google Acadêmico, com associação dos descritores: "depressão", “período pós-parto”, “Atenção Primária à Saúde”, “prevenção”, “sinais e sintomas” e “Brasil”. Foram analisados 22 artigos, publicados no período de 2011 a 2021. Assim, ressalta-se que a depressão puerperal configura o distúrbio mental mais prevalente do puerpério, acometendo cerca de 20% das puérperas brasileiras, sendo seus principais fatores de risco associados às esferas psicológica, biológica e socioeconômica. Como forma de prevenção, ressalta-se o pré-natal psicológico cujo objetivo principal é humanizar a gestação, o parto, construindo a parentalidade, assim, aumentando o conhecimento da gestante e a formação de uma rede de apoio fortalecida. No que tange aos aspectos semiológicos, pontua-se eventos como: desânimo, irritabilidade, melancolia, ansiedade, baixa autoestima, dificuldades em experimentar prazer em situações agradáveis, presença do sentimento de culpa, medo de ferir a integridade do filho, baixo desempenho e produtividade. Nesse ínterim, pontua-se os aspectos socioeconômicos, psicoemocionais e fisiológicos como os principais responsáveis pela tríade de risco, prevenção e sintomatologia atreladas ao transtorno.