Saúde mental dos profissionais de saúde durante a pandemia de COVID-19

Autores

  • Juliana Roque de Souza Araújo Discentes do curso de Medicina da Universidade Evangélica de Goiás – UniEVANGÉLICA; Monitoras do módulo de Medicina de Família e Comunidade 6 – MFC6
  • Marinna Luiza Brandão Discentes do curso de Medicina da Universidade Evangélica de Goiás – UniEVANGÉLICA; Monitoras do módulo de Medicina de Família e Comunidade 6 – MFC6
  • Cecília Magnabosco Melo Docente do curso de Medicina da Universidade Evangélica de Goiás – UniEVANGÉLICA
  • Cláudia Regina Major de Jesus Docente do curso de Medicina da Universidade Evangélica de Goiás – UniEVANGÉLICA
  • Welton Dias Barbosa Vilar Docente do curso de Medicina da Universidade Evangélica de Goiás – UniEVANGÉLICA
  • Júlia Maria Rodrigues de Oliveira Docente do curso de Medicina da Universidade Evangélica de Goiás – UniEVANGÉLICA
  • Wilson Nunes Docente do curso de Medicina da Universidade Evangélica de Goiás – UniEVANGÉLICA
  • Rúbia Mariano da Silva Docente do curso de Medicina da Universidade Evangélica de Goiás – UniEVANGÉLICA

Palavras-chave:

Pandemia, Infecções por Coronavírus, Saúde mental, Pessoal da saúde

Resumo

Na atualidade o mundo sofre com a pandemia de COVID-19, doença que cursa com sintomas físicos como tosse, febre e dificuldades respiratórias, e afeta também a saúde mental de toda a sociedade. Os profissionais de saúde além de enfrentarem os estressores que atingem a população geral, experienciam risco aumentado de serem infectados, exposição a mortes em larga escala, sobrecarga e exaustão, e afastamento da família e amigos, o que influencia negativamente a saúde mental desse grupo. O objetivo desse estudo é analisar, por meio da literatura, a saúde mental dos profissionais da área da saúde durante a pandemia de COVID-19. Trata-se de uma Mini Revisão composta por amostra de 5 artigos em língua portuguesa e inglesa encontrados nas plataformas Pubmed, Scientific Eletronic Library Online (Scielo), LILACS, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Google Acadêmico. Dessa forma, constatou-se que os sintomas negativos foram relatados principalmente por indivíduos do sexo feminino e em trabalhadores da linha de frente. Além disso, o medo da infecção pela COVID-19 foi a principal fonte de estresse e ansiedade nos profissionais da saúde. Somado a isso, a insônia e a angústia foram sintomas muito prevalentes, associando-se ao maior risco de desenvolvimento de ansiedade e depressão. O preparo psicológico dos profissionais, por sua vez, influenciou positivamente na saúde mental. Compreende-se, portanto, que o surto que estamos vivenciando gera impactos em todas as dimensões funcionais, incluindo a psíquica, ssim sendo, é importante identificar os sintomas negativos de maneira precoce para que sejam realizadas intervenções preventivas psicológicas, a fim de reduzir seus impactos na qualidade de vida e promover a saúde mental durante e pós-pandemia.

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Publicado

2021-11-24

Edição

Seção

RESUMOS - Educação em Saúde