Cirurgia citorredutora associada à quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC) em pacientes com carcinomatose peritoneal de câncer gástrico

Autores

  • Weberton Dorásio Sobrinho
  • Isabella Stéfanny de Freitas Postigo
  • Gabriela Melo
  • Káryta Lorrane Xavier Oliveira
  • Evilanna Lima Arruda

Resumo

RESUMO: O câncer gástrico associado a uma carcinomatose peritoneal (CP) apresentam um prognóstico desfavorável e uma sobrevida curta devido à inexistência de modalidades terapêuticas efetivas. Nas últimas décadas, a cirurgia citorredutora combinada à quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC) tem sido considerada uma modalidade de tratamento promissora para o câncer gástrico com CP. No entanto, também tem sucedido inúmeros debates sobre a eficácia e segurança desta nova abordagem. Este trabalho tem como objetivo principal analisar na literatura a segurança e a eficácia da quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC) combinada com a cirurgia citorredutora com ênfase no tratamento da carcinomatose peritoneal de câncer gástrico. Revisão integrativa da literatura com abordagem quantitativa sobre segurança e eficácia da HIPEC e a cirurgia citorredutora em pacientes com carcinomatose peritoneal de câncer gástrico. Foram buscados artigos nas plataformas PubMed e SciELO com os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): cirurgia citorredutora, quimioterapia intraperitoneal hipertérmica, carcinomatose peritoneal de câncer gastrointestinal. Foram incluídos 18 artigos publicados nos últimos 5 anos que se adequaram ao objetivo do trabalho e excluídos estudos com animais.   Dentre os artigos incluídos, oito deles evidenciaram que a cirurgia citorredutora (CRS) combinada à quimioterapia Intraperitoneal hipertérmica (HIPEC) melhora a sobrevida no câncer gástrico com carcinomatose peritoneal. Um artigo relatou que essa abordagem terapêutica ainda está associada a altas taxas de morbimortalidade, entretanto tal afirmação se contradiz em dois artigos, que constatam que CRS-HIPEC não aumenta a morbidade pós-operatória. Ademais, sete artigos apontaram que o uso combinado da cirurgia citorredutora à quimioterapia Intraperitoneal hipertérmica é mais eficaz que a utilização da CRS isolada. Grande parte da literatura analisada, defende a eficácia e a segurança sobre o uso da cirurgia citorredutora (CRS) combinada à quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC), quando realizada com profissionais experientes no procedimento. Segundo HANAN em 2018, pacientes com carcinomatose peritoneal submetidos a CRS e HIPEC tiveram sobrevida global de 81,3% em 1 ano, o que demonstra grande avanço, já que a sobrevida global da doença varia de 3 a 6 meses. Para melhor eficácia do tratamento, a CRS e o HIPEC devem ser associados simultaneamente, além de ser imprescindível o uso profilático da HIPEC para a não reincidência do carcinoma.

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Publicado

2021-05-26

Edição

Seção

ANAIS II CAMEG