Aspectos psicossociais da obesidade infantil

Autores

  • Aline de Castro Correia
  • Ágatha Ianka da Silva Ataídes
  • Suzana Santana de Deus
  • Mairon Nogueira da Silva
  • Marília Karolyne Dias Pires

Resumo

A obesidade é considerada uma epidemia mundial e é definida por uma doença crônica devido ao acúmulo de gordura corporal pela ingestão excessiva de calorias, é possível mensurar através do IMC (índice de massa corporal) e medidas antropométricas o grau da obesidade (WHO, 2000).  A obesidade infantil é um assunto que merece especial atenção, pois o hábito alimentar pode permanecem durante toda vida e assim aumenta a tendência à obesidade na adolescência e na vida adulta, portanto é importante de orientar e intervir logo na infância para que a doença não se estabeleça (KANASHIRO, 2007). Vale ressaltar que a obesidade infantil traz inúmeras consequências psicossociais que podem traumatizar na vida adulta (LOKE, 2002). Dessa forma, demonstra-se um problema de saúde pública, portanto buscou-se compreender a percepção psicossocial da obesidade infantil. Analisar os aspectos psicossociais da obesidade infantil e os impactos gerados na vida de crianças obesas. Trata-se de uma revisão de literatura, realizada através das bases de dados virtuais do Scielo e Pubmed. Foram selecionados artigos nos idiomas português e inglês entre 2007 a 2020, que atendessem ao objetivo proposto. A obesidade infantil aumentou dramaticamente nas últimas duas décadas e estudos medindo o impacto da epidemia alertam sobre poderosos efeitos de longo prazo (Halfon, 2013). A literatura não é precisamente conclusivas no que diz respeito às taxas de complicações psicológicas das crianças, pois deve-se levar em consideração variáveis adicionais, como psicopatologia dos pais, no entanto, os impactos mais encontrados foram ansiedade, depressão, déficits de competência social, baixa autoestima e culpa (Luiz, 2005; Güngör, 2014; Melo, 2010). Outro impacto é no relacionamento, muitas crianças de diferentes faixas etárias têm atitudes negativas contra as crianças obesas e preferem se relacionar com colegas de peso normal (Melo, 2010). Questões culturais, familiares, social e de saúde estão envolvidos na vitimização e preconceito em relação à criança obesa, que experimenta a estigmatização social baseada no peso (Harriger, 2012). É possível concluir-se que a obesidade infantil vem aumentando e existe uma maior chance de se tornar um adulto obeso o que causa uma dificuldade em relacionamento, aceitação social e o aparecimento de comorbidades psicossociais, portanto a abordagem para obesidade pediátrica deve ser abrangente e multifacetada, através do dinamismo multidisciplinar. Os pediatras devem considerar o encaminhamento para psicólogos para atendimento integral a esses pacientes.

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Publicado

2021-05-26

Edição

Seção

ANAIS II CAMEG