O uso de métodos de radiofrequência no tratamento da síndrome geniturinária da menopausa

Autores

  • João Vieira da Mota Neto Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Matheus Mendes de Souza Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Vitoria Isabela Vargas Santos Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Denis Masashi Sugita Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA

Palavras-chave:

Menopausa; Terapia por radiofrequência; Terapia de reposição hormonal pós-menopausa.

Resumo

A mulher passa um terço da vida com os efeitos da diminuição da quantidade de estrógeno e outros esteróides sexuais, sendo a sintomatologia causada por essa queda hormonal a Síndrome Geniturinária da Menopausa (SGM). Ela é composta por sintomas como ressecamento vaginal e do vestíbulo vulvar, desconforto e irritação vaginal, dispareunia, infecções urinárias recorrentes, disúria, urgência e polaciúria. O tratamento convencional da SGM é baseado no uso de lubrificantes, hidratantes vaginais e reposição de estrógeno, porém, esse tratamento nem sempre é eficaz ou indicado. Desse modo, novas terapêuticas não hormonais, como o laser CO2 fracionado e a radiofrequência fracionada microablativa (RFFMA) estão sendo cada vez mais buscadas. Essas técnicas permitem o tratamento de mulheres que não responderam ou não apresentam indicações para o tratamento convencional e apresenta inúmeras vantagens em relação a outros métodos. O presente estudo busca analisar o uso de novas técnicas como o Laser CO2 fracionado e a RFFMA, para no tratamento de SGM. Esse trabalho é uma revisão de literatura que utilizou artigos científicos das bases de dados do SCIELO, PUBMED e LILACS para alcançar o objetivo proposto. Os métodos físicos que utilizam frequência apresentam vários benefícios para o tratamento da SGM e do prolapso de órgãos pélvicos, como aplicações rápidas, indolores, técnica não invasiva e efeito prolongado. Eles atuam por meio do efeito termoablativo, levando a síntese de proteínas heat shock, responsáveis pela neocolagenogênese, revascularização tecidual, formação de matriz celular e síntese de células epiteliais, o que resultam na regeneração da mucosa. O uso da RFFMA mostra se mais vantajoso que o laser CO2, na medida em que é menos oneroso e de fácil aprendizado. Dessa maneira, esses métodos mostram-se muito eficientes em sintomas da SGM, inclusive a incontinência urinária. Entretanto, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia alertou que essas técnicas só devem ser feitas por ginecologistas capacitados, uma vez que podem causar queimaduras, cicatrizes e dispareunia quando mal utilizadas. Ela reforça ainda que o laser não deve ser usado exclusivamente para fins estéticos. Esses métodos possuem como contraindicações relativas infecções genitais, herpes genital com lesões ativas, soropositivo com baixa carga viral, doença do colágeno, câncer ginecológico, entre outros. A gestação é uma contraindicação absoluta. Assim, os métodos físicos que utilizam frequência são boas alternativas no tratamento de sintomas da SGM, uma vez que demandam poucas sessões, possuem poucas contraindicações e mostram-se efetivos no tratamento dos sintomas de SGM. Entretanto, como não é muito divulgado, poucos profissionais de saúde o conhecem, tornando rara sua utilização no tratamento de SGM. Por ainda não ser muito utilizado, poucos são os estudos que trabalham sobre seu efeito a longo prazo.

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Publicado

2021-05-25

Edição

Seção

ANAIS II CAMEG