Manifestação exantemática como apresentação clínica da COVID-19

Autores

  • Bianka Mota Barros Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos
  • Lorenna Cristina Leite Lira Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos
  • Walter Paulo Filho Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos

Palavras-chave:

Infecções por Coronavírus; Rash; Manifestações cutâneas.

Resumo

RESUMO: O vírus SARS-CoV-2 foi revelado ao final de 2019, com insipiência de evidências clínicas, diagnóstico e tratamento. Embora seus sintomas estejam relacionados sobretudo ao trato respiratório, outros fenômenos sistêmicos têm sido identificados. Constataram-se manifestações exantemáticas como urticária, eritema e erupção cutânea em pacientes com SARS-Cov-2 em diferentes países. Porém, a descrição da relação dessas manifestações com esse ainda é controversa. O trabalho buscou por estudos que apontaram a relação entre o SARS-CoV-2 e as manifestações cutâneas e apontaram falhas diagnósticas devido à semelhança de sintomas. Assim, propiciará uma nova e ampla visão das manifestações clínicas dessa infecção, além de evitar o diagnóstico incorreto dessas manifestações com outras condições dermatológicas. Utilizou-se os bancos de dados PubMed, LILACS e SciELO. Os descritores aplicados, pesquisados de acordo com o MeSH e DeCS, foram “manifestações cutâneas” AND “infecções por coronavirus” AND “rash”. De 14 artigos, foram selecionados 5, nacionais e internacionais, datados no último ano, configurados como meta-análise, revisões sistemáticas e estudos clínicos randomizados controlados. Os estudos têm caráter qualitativo e retrospectivo. Na literatura estudada, foi evidenciado vários tipos de lesões cutâneas em pacientes com SARS-CoV-2. Os tipos mais comuns foram: erupção cutânea tipo varicela (cerca de 50% pacientes), erupção cutânea semelhante à infecção viral recente, urticaria e eritema - pruriginosas ou não, sendo o tronco a área mais afetada e tendo o seu fim em poucos dias. Alguns pacientes apresentaram lesões sem desenvolver sintomas respiratórios, mas sempre com RT-PCR positivo. Estudos apontaram achados histopatológicos de alguns pacientes com SARS-CoV-2 e grave insuficiência respiratória, que se caracterizaram pelo estado pró coagulante sistêmico, com púrpura retiforme ou livedo racemosa com altos níveis de d-dímeros circulantes. Essas alterações de fatores reguladores do sistema complemento, com polimorfismos gênicos, e as mutações nas vias de coagulação conduziriam certos pacientes à ativação exagerada da cascata do complemento e à trombose microvascular generalizada, causando um evento sistêmico que levaria às manifestações exantemáticas. Faz-se fulcral entender que condições frequentes podem levar a diagnosticar erroneamente lesões dermatológicas em pacientes com SARS-CoV-2. Como um estudo tailandês que descreveu um paciente, em 48 outros, com SARS-Cov-2, apresentou erupção cutânea petequial sendo diagnosticado incorretamente com dengue. Desse modo, o diagnostico diferencial das manifestações exantemáticas deve ser avaliado a fim de identificar se a infecção é proveniente do SARS-Cov-2 ou não. Assim, as considerações aqui feitas devem ser estimadas por médicos de pacientes com SARS-CoV-2 para evitar erros diagnósticos que podem atrasar a terapia e elevar o risco de complicações.

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Publicado

2021-05-25

Edição

Seção

ANAIS II CAMEG