Impactos emocionais na vida da mulher infértil: uma revisão integrativa

Autores

  • Leticia Loureiro Castro Real Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Lígia Sant'Ana Dumont Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Lucas Guimarães Campos Roriz de Amorim Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Luís Henrique Dias Lima Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Renato Camata Couto Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Juliane Macedo Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA

Palavras-chave:

Infertilidade; Mulher; Impacto emocional.

Resumo

De acordo com a OMS, cerca de 60 a 80 milhões de pessoas no mundo enfrentam dificuldades para concretizar o projeto de paternidade ou maternidade em algum momento de suas vidas. Apesar desse grande número de casos reportados, a infertilidade tende a ser uma dificuldade silenciosa, na qual grande parte das mulheres não compartilha sua situação com amigos próximos e familiares, favorecendo o agravamento do seu estado de vulnerabilidade psicológica. Sentimentos de culpa e baixa autoestima são relatados por mulheres que enfrentam dificuldades em se reproduzir, podendo levá-las a quadros de depressão, de ansiedade e, consequentemente, a uma baixa qualidade de vida. Compreender de que forma a infertilidade afeta a vida no âmbito biopsicossocial, procurando identificar as consequências da quebra de expectativa da maternidade na qualidade de vida dessas mulheres. Buscou-se nas plataformas digitais PubMedline ou Publisher Medline (PubMed) e Science Eletronic Library (SciELO), a partir dos Descritores em Ciências da Saúde “female infertility” e “emotional impact”, artigos em línguas inglesa e portuguesa para a composição desta revisão integrativa de literatura. A infertilidade constitui exemplo aplicável da Psicologia da Saúde – estudo de interfaces biopsicossociais – e relaciona-se com transtornos mentais tanto em suas origens quanto causas ou consequências. A quebra de expectativas com a possibilidade da maternidade, falta de controle sobre o corpo e o impacto social da infertilidade podem levar ao aparecimento de doenças como depressão e ansiedade. Pesquisas sólidas apontam que 40% das mulheres em processo de tratamento da infertilidade apresentavam depressão, ansiedade ou ambos. Outros estudos elevam as taxas das doenças supracitadas para 56% e 76%, respectivamente. Para tanto, pesquisadores aplicaram questionários psicológicos e dosaram marcadores de estresse emocional, como a enzima alfa-amilase e o hormônio cortisol, sendo este segundo método o que mais corrobora a hipótese. Tratamentos psicológicos eficazes para pacientes inférteis e com saúde mental abalada incluem programas de counseling com terapias cognitivas, técnicas diversas de relaxamento, apoio entre cônjuges e mindfullness. O incentivo para aplicação individual é essencial para momentos mais estressantes na trajetória dos pacientes. Nota-se, portanto, que os casos de infertilidade feminina mostram-se não só elevados como também bastante relacionados à saúde mental das pacientes. Logo, é imprescindível que se faça um acompanhamento holístico dessas mulheres, afim de que os sintomas dos transtornos acima relatados sejam tratados e impactem, minimamente, a qualidade de suas vidas. 

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Publicado

2021-05-24

Edição

Seção

ANAIS II CAMEG