Função ventricular esquerda no infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento de ST: a relação da fração de ejeção e análise da região acometida

Autores

  • Michela Oliveira Rosado Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos - UNICEPLAC
  • Osório Luis Rangel de Almeida Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos - UNICEPLAC

Palavras-chave:

Infarto agudo do Miocárdio, Disfunção ventricular, Insuficiência cardíaca

Resumo

RESUMO: O Brasil atingirá o maior índice de óbitos por doença cardiovascular no
mundo até o ano de 2040. A disfunção ventricular esquerda tanto sistólica quanto
diastólica apresentam-se como relevante fator de pior prognóstico nos quadros de
infarto agudo do miocárdio (IAM), estando ou não associadas. A insuficiência
cardíaca é considerada a via final comum das agressões sobre o coração e os fatores
de risco cardiovascular estão diretamente relacionados. Atualmente, uma doença tão
prevalente recebe devida importância em busca da redução da morbimortalidade
sendo o objetivo do presente estudo avaliar o prognóstico dos pacientes de um
hospital do Distrito Federal. Analisar a(s) parede(s) acometida(s) confrontando com a
disfunção ventricular buscando comprovar que determinada parede afetada cursa
com pior prognóstico. A partir do banco de dados do Brazilian Heart Study (BHS), que
é um estudo de coorte prospectivo com 1073 pacientes admitidos consecutivamente
com diagnóstico de supradesnivelamente do segmento ST em um hospital no Distrito
Federal entre maio de 2006 e maio de 2018. Os dados foram separados considerando
a parede acometida no evento isquêmico e a fração de ejeção encontrada no
primeiro e no último ecocardiograma realizados durante o seguimento hospitalar e
ambulatorial do estudo. As análises descritivas foram realizadas no SPSS versão 22.0.
Foram selecionados 150 pacientes, 76 apresentaram isquemia envolvendo a parede
anterior, sendo a parede mais acometida nesse evento. Dentre o grupo com fração
de ejeção (FE) inicial preservada, 50% apresentaram FE final abaixo da normalidade.
No que tange a fração de ejeção final (FEF), 117 (78%) apresentaram valor abaixo de
55%. Todos os pacientes que possuíam fração de ejeção inicial (FEI) abaixo de 55%
continuaram com esse valor nessa faixa quanto a FEF. Os demais 22% tinham a FEI
superior a 55% e passaram a ter FEI abaixo de 55%. A parede anterior é a mais
acometida nos casos de IAMCSST. O evento isquêmico influi significativamente sobre
a fração de ejeção global, mostrando pior prognóstico na recuperação da função
miocárdica. Os dados foram inconclusivos quanto a correlação da parede acometida e
a fração de ejeção como determinante prognóstica.

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Publicado

2021-05-24

Edição

Seção

ANAIS II CAMEG