Perfil epidemiológico das internações por arritmias cardíacas em pacientes entre 0 a 14 anos na rede pública do estado de São Paulo no ano de 2019

Autores

  • Dielitha Aparecida de Paula Discente do curso de Medicina da Universidade de Rio Verde
  • Débora Rocha Moraes Discente do curso de Medicina da Universidade de Rio Verde
  • Raiane Antunes Sampaio Mestranda em Ensino na Saúde da Universidade de Rio Verde

Palavras-chave:

Arritmia Cardíaca, Internação hospitalar, Epidemiologia

Resumo

As arritmias ou distúrbios do ritmo cardíaco geralmente ocorrem por alterações no sistema de condução cardíaco ou devido a lesões do próprio tecido cardíaco. Podem ser classificadas, de acordo com a frequência cardíaca (FC), como bradiarritmias e taquiarritmias. Na população pediátrica os limites de FC variam de acordo com a idade. Crianças menores inclinam-se a uma FC mais alta, sem necessariamente indicar uma taquiarritmia. Esses distúrbios de condução tendem a ser a causa mais comum de síncope cardíaca e elevar o risco de morte súbita. Ao contrário dos adultos, nas crianças as arritmias são geralmente secundárias a outra doença, sobretudo as que cursam com acidose, choque ou hipoxemia. As arritmias primárias são menos comuns, embora não sejam tão raras. Avaliar o perfil epidemiológico das internações por arritmias cardíacas em crianças e adolescentes de 0 a 14 anos na rede pública do estado de São Paulo, no ano de 2019. Foi realizado um estudo descritivo transversal, na base de dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), em junho de 2020, referente ao ano de 2019, a fim de quantificar as internações por arritmias cardíacas em crianças e adolescentes de 0 a 14 anos na rede pública do estado de São Paulo. Assim, foram selecionados dados referentes à quantidade de internações, faixa etária, sexo dos pacientes. Além disso, aplicaram-se filtros referentes à cor/raça e caráter do atendimento. Em 2019 foram internados um total de 425 pacientes entre 0 a 14 anos, sendo 57% do total do sexo masculino e 43% do sexo feminino. Em relação à idade, adolescentes de 10 a 14 anos representaram 30% do total, seguida pelas idades de 5 a 9 anos, menores de 1 ano e de 1 a 4 anos, respectivamente. No que se refere à cor/raça, 63% do total de pacientes consideravam-se branco, 21% pardo, 11% não informado e 5% preto ou amarelo. Em relação à natureza do atendimento, 67% do total correspondeu ao caráter de urgência e 33% a atendimentos ambulatoriais. Desta forma, é possível inferir que, a maior parcela das internações por arritmias cardíacas na rede pública do estado de São Paulo no ano de 2019 foi composta por adolescentes de 10 a 14 anos, brancos, do sexo masculino e em atendimento em caráter de urgência. Logo, é necessária uma atenção especial a esses adolescentes quando acometidos por um quadro de síncope de origem cardíaca.

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Publicado

2021-05-25

Edição

Seção

ANAIS II CAMEG