Epidemiologia das neoplasias no estado de goiás e fatores de risco associados

Autores

  • Kálita Oliveira Lisboa Centro Universitário UniEVANGÉLICA
  • Rebecca Perin Sarmento Centro Universitário UniEVANGÉLICA
  • Isabela Perin Sarmento Centro Universitário UniEVANGÉLICA
  • Lílian Cássia Gomes Cintra Centro Universitário UniEVANGÉLICA
  • Vanessa Lara Guimarães Centro Universitário UniEVANGÉLICA
  • João Ormindo Beltrão Barros Centro Universitário UniEVANGÉLICA

Palavras-chave:

Câncer, Incidência, Fatores de Risco

Resumo

O câncer apresenta elevada incidência e mortalidade em todo o mundo, representando um grave problema de saúde pública. Estima-se que anualmente, o câncer acomete mais de 10 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a incidência de câncer em 2020 é estimada em 279,13/100.000 para homens e 317,69/100.000 para mulheres. Assim, estudos quanto aos fatores de risco e epidemiologia são necessários para elaboração de ações que visem à prevenção, e/ou diagnóstico precoce. Relatar os dados epidemiológicos da incidência de câncer em Goiás e descrever seus fatores de risco. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura com buscas realizadas nas bases de dados Pubmed, LILACS e Scielo, além de informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Foram utilizados os descritores: dados epidemiológicos, câncer e Goiás. Foram selecionados 20 artigos, escritos em inglês ou português publicados nos últimos 5 anos. Os fatores de risco podem ser herdados ou ainda o resultado de hábitos ou costumes próprios de um determinado ambiente social e cultural. Entre eles temos a poluição química, etilismo, erros alimentares, sexo desprotegido, exposição à radiação solar, radiação, sedentarismo, tabagismo, entre outros. O INCA estimou que em 2020, em Goiás, os cânceres com maiores incidências seriam o câncer de próstata com 2.240 casos, as neoplasias de mama com 1.620 casos, além de 1.160 de cólon e reto, 940 envolvendo traqueia, brônquio e pulmão, 550 casos de câncer de estômago, e 590 de colo de útero. Quando se fala de todas as neoplasias, exceto pele não melanoma a estimativa é de 12.870. Já a estimativa de todas as neoplasias malignas chega a 20.940 casos. Quando atenta-se ao passado, em 1979 as neoplasias constituíam a quarta causa de morte em Goiás, com 6,7% de todos os óbitos. Em 2016, passaram para a terceira causa de morte e em 2018 representaram 16,8% dos óbitos no Estado. Entre 1996 e 2016 foram registrados 81.492 óbitos por neoplasias no em Goiás, sendo 54,2% destes no sexo masculino. Em 2016, entre as mulheres, 16,8% das mortes por neoplasias foram por câncer de mama, seguido pelo câncer de traqueia, brônquios e pulmões (12,2%), de cólon e reto (7,9%) e de colo do útero (7,1%). Em 2016, o câncer de pulmões representou 15,2% de todas as mortes por neoplasias entre os homens, seguido pelo de próstata (14,9%), pelo de cólon e reto (7,6%) e pelo de estômago (6,5%). A maneira mais eficaz de tratamento ainda é o diagnóstico precoce, que aumenta as chances de cura e controle da doença. As análises realizadas no presente estudo indicam uma relevância em verificar corretamente os dados epidemiológicos sobre as neoplasias, e ressalta a necessidade da abordagem de medidas preventivas a fim de diminuir os números de casos desta doença. Novos estudos mais detalhados devem ser realizados em base populacional, para que medidas preventivas e educacionais possam ser seguidas.

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Publicado

2021-05-24

Edição

Seção

ANAIS II CAMEG