Os Desafios da Humanização nas Unidades de Terapia Intensiva
Resumo
RESUMO: A Política Nacional de Humanização (PNH) deve ser estendida a todas as áreas de cuidado com a saúde, especialmente às Unidades de Terapia Intensiva (UTI), visto que compreendem as áreas hospitalares altamente complexas. Assim, esta revisão tem por objetivo discutir os principais desafios no cuidado humanizado em UTIs. Trata-se de um estudo descritivo, baseado em uma revisão integrativa da literatura. Para sua realização foram realizadas buscas nos anos de 2008 a 2019 nas seguintes bases de dados:
Scientific Electronic Library Online (Scielo), National Library of Medicine and National Institutes of Health (PUBMED), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Os descritores da Ciência da Saúde utilizados foram “Unidade de Terapia Intensiva” and “Humanização da assistência” and “Prognóstico”, selecionando-se 21 artigos e 3 documentos referentes aos anos de 1998, 2003 e 2004, sendo eles, respectivamente, a Portaria n◦ 466∕MS∕SVS, PHN e Humanização
em Cuidados Intensivos (AMIB). Para a realização desta revisão foram apurados múltiplos desafios para implementação de serviços humanizados em UTIs, resultando na categorização dos seis categorias, sendo eles: a formação deficitária dos profissionais de saúde, papel da tecnologia no distanciamento médico-paciente, falta de empatia, deficiências estruturais do Sistema de Saúde, jornada de trabalho extenuante, falta de tempo,
estresse e, por fim, a grande rotatividade dos profissionais. Conclui-se que os inúmeros desafios que impedem a execução desse tipo de cuidado são retrocessos na área da saúde quando se coloca a necessidade do outro como fator preponderante. Aplicar práticas de humanização, portanto, é fundamental e requer uma melhor formação de profissionais e uma maior predisposição tanto governamental quanto dos próprios hospitais
em implantarem tais práticas e tornar o tratamento do paciente internado em UTIs o
melhor possível.