A dicotomia da Cannabis: efeitos psicóticos ou antipsicóticos?

Autores

  • Ana Beatriz Souza Machado
  • Amanda Fonseca Alves
  • Hállefy Ribeiro Araujo
  • Jhenifer Ferreira Barros
  • Luana Sertão Felipe Teixeira
  • Léa Resende Moura

Resumo

RESUMO: O corpo humano possui receptores para as substâncias canabinoides que são encontradas especialmente nas plantas do gênero Cannabis, evidenciando que existe, de fato, uma via exclusiva para o processamento desses compostos, a qual ficou denominada de Sistema Endocanabinoide. Diante dessa perspectiva, o objetivo desse trabalho foi discutir a dicotomia dos efeitos dos canabinoides estabelecendo uma conexão com a psicose. A metodologia utilizada foi uma busca no banco de dados do PubMed (US National Library of Medicine National Institutes of Health) no ano de 2020. Portanto, foi analisado que a relação entre
os canabinoides e os receptores é responsável pela regulação da memória, humor, sono, apetite e outros mecanismos fisiológicos. Entretanto, o fato deles poderem ser propulsores de eventos psicóticos gera uma dualidade, especialmente nas doenças psicóticas, como a esquizofrenia, em que a administração de Cannabis foi utilizada para diminuir os sintomas da doença – tais como déficits cognitivos, isolamento social, alucinações e delírios – e também na epilepsia, porém, nessa última, é observado que a qualidade da substância aplicada influencia na diminuição ou aumento dos surtos e convulsões. Por fim, diante das análises feitas durante esse trabalho, conclui-se que a Cannabis sativa pode ter efeitos diferentes, de acordo com a administração, qualidade e quantidade dos componentes presentes na amostra utilizada em cada estudo, sendo que espécimes administradas que obtiveram mais sucesso no tratamento de doenças psíquicas correspondem às que continham maior representatividade de CBD quando comparado ao elemento THC.

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Publicado

2020-06-22

Edição

Seção

RESUMOS - Neurociências