Os prejuizos da detecção tardia do descolamento prematuro de placenta: um relato de experiência.

Autores

  • Pedro Henrique Pereira da Silva
  • Ana Cláudia Maia Mendonça
  • Desireé Mata de Sousa
  • Flávia Cristina Teixeira Silva Boggia
  • Lara Gomes Nery
  • Denise Ferreira Correia

Palavras-chave:

Descolamento prematuro de placenta. Gravidez de Risco. Urgência. Emergência.

Resumo

Introdução: O descolamento Prematuro de Placenta (DPP) consiste na separação antes do período do parto da placenta que devia estar implantada no corpo do útero, podendo incorrer em mortalidade fetal, prematuridade e morbidade materna. O DPP pode ser assintomático ou sintomático, tendo como sintomas típicos sangramento vaginal e dor abdominal. Em alguns casos, hemácias e soro de um coágulo retroplacentário podem dissociar a rede de miofibrilas ao percorrerem o miométrio, resultando no útero de Couvelaire. Objetivo: Apresentar a experiência de um acadêmico de Medicina no serviço de urgência e emergência obstétrica, e enfatizar a identificação de sinais que possam indicar mesmo nos pacientes mais assintomáticos, a presença de DPP, a fim de evitar a evolução desfavorável destes casos. Relato de Experiência: O caso é relacionado a um dia de estágio de um acadêmico de Medicina do 5o período, o qual presenciou o caso de uma paciente gestante em sua quarta gestação, 35 semanas e 2 dias e pré natal de risco habitual atendida na Santa Casa de Misericórdia de Anápolis apresentando fraqueza, dificuldade para deambular e ausência dos movimentos fetais há mais de 2 horas. Regular estado geral, Batimentos Cardíacos Fetais inaudíveis, ao toque vaginal o colo se apresentava fechado e sem sangramento. Foi realizado cesariana de urgência e extração de natimorto. Discussão: O diagnóstico não foi feito previamente devido à ausência de sinais clássicos como dor abdominal e sangramento vaginal. Porém, observou-se a presença de sinais da síndrome hemorrágica como hipotensão e de choque como palidez cutânea e astenia. A interrupção da gestação com cesariana de urgência e extração do feto foram os procedimentos escolhidos. Consequentemente, houve mal prognóstico, com morte do feto e encaminhamento da paciente para UTI. Conclusão: Levando em conta o mal prognóstico, é possível concluir que, é de extrema importância um acompanhamento pré-natal cuidadoso, atentando para os fatores de risco para o DPP, especialmente para as pacientes com condições crônica.

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Publicado

2020-02-09

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG