Panorama epidemiológico das gestantes atendidas no município de Goianésia-GO entre 2013 e 2018: estudo comparativo com o perfil estadual

Autores

  • Ana Jackeline de Oliveira Louzada Lopes
  • Ana Luísa Gomes
  • Anna Laura Lopes Rezende
  • Daniela de Queiroz Ferreira
  • Laureana Mesquita Veiga
  • Danyelly Rodrigues Machado Azevedo

Palavras-chave:

Epidemiologia. Nascimento vivo. Sistema de informação. Saúde Materna.

Resumo

Introdução: O Ministério da Saúde, objetivando melhorar os indicadores materno-infantis, criou o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) em 1990, cuja função é coletar e processar dados demográficos e epidemiológicos sobre o recém-nascido, a mãe, o pré-natal e o parto, alimentado pela Declaração de Nascido Vivo (DNV). Objetivo: Arquitetar um cenário epidemiológico das gestantes atendidas no município de Goianésia-GO, entre os anos de 2013 a 2018, comparando com dados estaduais. Material e método: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo com abordagem quantitativa. A amostra em estudo foi composta por gestantes do município de Goianésia-Goiás, que realizaram seus partos entre janeiro de 2013 a outubro de 2018. Foi realizada busca ativa de dados do banco da Vigilância Epidemiológica do município de Goianésia-GO, através dos dados oferecidos pelo SINASC, além de busca no DATASUS sobre dados estaduais, referentes a: número de partos realizados, duração da gestação, faixa etária, escolaridade das gestantes, número de consultas pré-natais e a via do parto. Resultados: Foram registrados 5555 nascimentos no município de Goianésia, Goiás, durante o intervalo de tempo estabelecido. Em relação a idade materna, foi verificado uma predominância na faixa etária de 20 a 29 anos onde o total de grávidas foi de 3134, correspondendo a 56,41% do total. Porém o número de gravidez na adolescência ainda foi considerável, onde a faixa de 10 a 19 anos representou 18,16% com 1009 mulheres. A última faixa etária avaliada foi de 30 a 44 anos a qual foi um total de 461 mulheres com porcentagem de 8,2% sendo a de menor representatividade. Em relação ao grau de escolaridade das mães, 58,22% refere ter estudado por 8-11 anos, 12,04% estudaram por menos de 8 anos, sendo que, dentre esses 0,09% não teve nenhum grau de instrução. Não foram informados a escolaridade em 0,49% e foi ignorado essa variável em 7,94% dos casos. Avaliando as características perinatais observa-se que o percentual predominante é de gestações a termo (37-41 semanas) correspondendo a 87,36%. A porcentagem de partos prematuros (menor que 37 semanas) foi de 8,3%, onde os prematuros extremos (menor que 28 semanas) representaram 0,36% do total. Os partos pós-termo tiveram um percentual de 2,57% dos 5555 nascidos vivos. De acordo com a quantidade de consultas pré-natal, 62,88% das gestantes realizaram sete ou mais consultas, 30,12% de 4 a 6, 5,36% de 1 a 3 e 1,64% não teve nenhuma consulta pré-natal realizada. Durante a avaliação do tipo de parto realizado, foi possível observar um predomínio do parto cesáreo que foi responsável por um percentual de 72,87%, sendo o parto vaginal com uma incidência de 27,11%. Conclusão: Foi possível notar que a média de idade das gestantes do município avaliado se situa entre o intervalo de 20-24 anos, entretanto, possui um percentual elevado de gravidez na adolescência revelando a necessidade de ações que atuam no âmbito da educação sexual. A maioria das gestantes possuem mais de 8 anos de escolaridade. Pouco mais da metade das grávidas realizaram todas as consultas pré-natais recomendadas pelo Ministério da Saúde, sendo necessário o planejamento de intervenções que garantam maior adesão e cumprimento ao pré-natal de qualidade. Foi demonstrado que ao contrário do que se preconiza na OMS, o número de cesarianas foi bem elevado. E ao comparar com dados estaduais é percebido que as proporções são as mesmas em relação a todas as variáveis

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Publicado

2020-02-13

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG