Perfil epidemiológico das principais vias de transmissão da doença de Chagas aguda no período de 2007 a 2014 no Brasil

Autores

  • Geovana de Almeida Pina
  • Pollyana Silva Nonato Pereira
  • Nicole Vitorino Machado
  • Brenda Seabra Yacoub
  • Gabriela de Lima Rezende
  • Camila Botelho Miguel

Palavras-chave:

Doença de Chagas. Óbitos. Transmissão.

Resumo

Introdução: A doença de Chagas é uma antropozonose associada a países tropicais e subtropicais, que acarreta severos danos à saúde. Por se tratar de uma doença negligenciada a compreensão da distribuição dos casos nas macrorregiões do país, bem como as formas de contágio, podem colaborar como indicadores para viabilizar novas políticas de saúde pública, visando a minimização dos danos associados à doença. Objetivos: Avaliar a distribuição de óbitos por doença de Chagas nas diferentes macrorregiões do Brasil, bem como a incidência das vias de contaminação. Material e métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo, em banco de dados do DataSus no período de 2007 a 2014, onde todas as notificações de óbitos por casos agudos no período estabelecido foram relatados. Os dados foram estratificados nas diferentes macrorregiões do Brasil, assim como as diferentes formas de contágio, posteriormente tabulados em planilha no Excel® e avaliados no programa “Instat e Prisma” da Graphpad. Resultados: Foram analisados os índices de mortalidade pela Doença de Chagas Aguda no período de 2007 a 2014 e verificou-se as regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste mostraram aumento com diferenças estatisticamente significativa, comparadas com as demais regiões (p<0,05). Quando analisados as vias de contaminação mais comuns descritas atualmente, tanto para a infecção via vetorial quanto pela oral a região Norte mostrou-se com maior número de casos quando comparada com as macrorregiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul (p<0,05). Conclusão: O presente estudo permite concluir que o Brasil apresenta uma área de risco para infecção pela Doença de Chagas. Ainda existem altos índices de mortalidade por esta patologia em várias regiões do Brasil, porém a região Norte deve ainda se apresenta na região mais incidente para transmissão oral e vetorial. Assim, medidas de contenção devem ser implementadas nas macrorregiões de maiores riscos para a contaminação do parasito e desenvolvimento da doença.

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Publicado

2020-02-13

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG