A importância da abordagem de doenças sexualmente trnasmissíveis em ações sociais – Relato de experiência

Autores

  • Raphael Helvécio Carvalho de Oliveira Diniz
  • Mariana Melo Soares
  • Alice Sousa Almeida
  • Anthony Yuri Viana Pitanga
  • Letícia de Souza Galvão
  • Maria Rivonete Lino Rocha

Palavras-chave:

ISTs. Ação Social. Abordagem.

Resumo

Introdução: Segundo estimativas da OMS (2013), mais de um milhão de pessoas adquirem uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) diariamente. A manutenção da epidemia de IST no Brasil é decorrente da interação de inúmeros fatores socioeconômicos, culturais e comportamentais. Há uma concentração de casos em homens homossexuais, pessoas trans e profissionais do sexo. Além disso, ultimamente, destaca-se o acometimento em adolescentes e jovens, sendo os principais fatores de risco início da vida sexual precoce, falta de conhecimento e acesso sobre os métodos de prevenção das ISTs. A testagem rápida para IST é uma ferramenta preventiva, pois possibilita diagnóstico precoce, permite o início do tratamento, tornando este mais efetivo, e estabelece estratégias de prevenção de parceiros, reduzindo a cadeia de transmissão das doenças¹. Os testes rápidos para HIV, sífilis, hepatites B e C possuem elevada sensibilidade e especificidade, o que garante de um diagnóstico seguro. Objetivos: Este trabalho visa relatar a experiência dos acadêmicos de medicina da Faculdade Alfredo Nasser (FAN) e do Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA) na realização de testes rápidos para HIV, sífilis, hepatites B e C durante evento municipal realizado em Senador Canedo–GO. Relato de experiência: Esta experiência foi realizada no evento Ação Social em Garantia à Cidadania pelos alunos de medicina da FAN e da UniEVANGELICA, no dia 15 de junho de 2019, na Praça Criativa Central, em Senador Canedo. O projeto abordou a prevenção e o diagnóstico de ISTs. Foram realizados testes rápidos gratuitos para HIV, sífilis, hepatites B e C. O paciente, após seu cadastro, realizava coleta da amostra de sangue na polpa digital para realização dos exames. O diagnóstico era informado após 15 minutos com orientações acerca das doenças e suas principais medidas preventivas e abordando as dúvidas da população sobre do assunto. Nos pacientes com diagnóstico positivo, eram realizadas a notificação compulsória e orientações a respeito do seguimento com tratamento no Sistema Único de Saúde. Durante o evento foram realizados testes rápidos em 122 indivíduos. Os resultados incluíram 3 reagentes para HIV (testes de triagem e teste confirmatório), 4 para sífilis, 1 para Hepatite B e 1 para hepatite C. Ao diagnóstico, também abordamos os anseios destes indivíduosem que foi perceptível sentimentos de revolta, rejeição do resultado e medo de discriminação. Ademais, a ação também disponibilizou preservativos masculinos gratuitos para os cidadãos, com objetivo de conscientizar e orientar sobre a importância da prevenção do próprio indivíduo e de seus parceiros sexuais. Atualmente existem várias estratégias de prevenção e é essencial a abordagem dos vários métodos para conferir condições de autoproteção diante das diferentes situações6. A prevenção combinada, recomendada pelo Ministério da Saúde, inclui uso correto da camisinha masculina/feminina em todas as relações sexuais, ações de prevenção, testagem para HIV, sífilis e hepatites B e C, profilaxia pré-exposição, imunização e tratamento das ISTs. Essa estratégia deve ser aplicada dentro do contexto sexual apresentada por cada indivíduo, de modo detalhado e de fácil compreensão, sendo primordial para garantir o conhecimento do paciente quanto a aquisição da doença, permitindo notificação, segmento terapêutico, prevenção da transmissão para parceiros³ e suporte psicológico adequado para os pacientes com diagnóstico positivo para HIV e outras ISTs. Conclusão: Com esta experiência, foi possível constatar a importância dos testes rápidos somados às orientações educativas para ISTs como forma de prevenir a transmissão das doenças, além da necessidade de um suporte psicológico adequado nas redes básicas de saúde.

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Publicado

2020-02-13

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG