Avaliação da mortalidade média por neoplasia maligna de pâncreas em Goiás entre 2009 e 2019
Palavras-chave:
Neoplasias pancreáticas. Registros de mortalidade. Epidemiologia.Resumo
RESUMO:
Introdução: O câncer de pâncreas é notadamente um dos mais letais sobre os quais se tem conhecimento hoje. No Brasil, enquanto a neoplasia é responsável por 2% dos diagnósticos de todos os tipos de cânceres, esse número sobe para 4% quando se fala na mortalidade da doença, com uma taxa de sobrevida de 5% em cinco anos. Apesar de alarmante, pouco tem mudado no prognóstico do Ca de pâncreas nos últimos anos, especialmente devido ao seu diagnóstico tardio e comportamento agressivo. Faz-se, portanto, necessários estudos epidemiológicos que sirvam de substrato para avaliação de seu grau de malignidade e contribuam para a prevenção e o controle da doença. Objetivos: Avaliar a mortalidade por neoplasia maligna do pâncreas no estado de Goiás no período entre 2009 e 2019. Material e Método: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal para estimar a mortalidade média por neoplasia de pâncreas no estado de Goiás no período de 2009 a 2019, para o qual os dados de mortalidade e de base populacional foram obtidos do SIM-DATASUS (Sistema de Informações de Mortalidade). Foram selecionados óbitos ocorridos no estado de Goiás no período e cuja a causa básica declarada inclui a menção de neoplasia maligna do pâncreas. Os dados foram escalonados em duas classes: sexo (masculino e feminino) e a faixa etária (<1 ano a 49 anos e > 49 anos). Resultados: Os dados apresentados são referentes a taxa de mortalidade por neoplasia de pâncreas no estado de Goiás no período de 2009 a 2019, segundo as variáveis sexo e faixa etária (<1 ano a 49 anos e > 49 anos). A taxa de mortalidade geral de Goiás por neoplasia de pâncreas foi de 26,49% no período. Quanto ao sexo, não foi identificada grande diferença, com taxas de mortalidade de 27,05% e 25,75% para os sexos masculino e feminino, respectivamente. No entanto, a faixa etária de <1 ano a 49 anos apresentou taxa de mortalidade de 18,12%, enquanto a faixa etária >49 anos apresentou taxa de mortalidade de 28,29%. Conclusão: Com isso, o estudo vai de encontro com a literatura, nacional e internacional, no parâmetro de idade (10/100.000 habitantes entre 40 e 50 anos para 116/100.000 habitantes entre 80 e 85 anos) - aumentando com a taxa de mortalidade - e divergente no quesito sexo, o qual nos achados científicos indicam uma incidência maior no sexo masculino e maior mortalidade no feminino, enquanto no estudo em questão não foi identificado diferença significativa de mortalidade para os sexos.