Manejo do paciente com microcálculo biliar

Autores

  • Luan Teixeira Rodrigues da Cunha
  • Matheus Pinheiro de Abreu Falcão
  • Mariane dos Santos Luz
  • Janaina Pereira Barbosa Souza
  • Euripedes Ferreira de Moura Neto
  • Karine Borges de Medeiros

Palavras-chave:

Microcálculo. Litíase biliar. Pancreatite aguda.

Resumo

Introdução: A litíase biliar é a presença de um ou mais cálculos dentro da vesícula biliar. A litíase biliar tende a ser assintomática, principalmente quando são microcálculos. O sintoma mais comum é a cólica biliar, mas os cálculos não causam dispepsia ou intolerância a alimentos gordurosos. A complicação mais comum decorrente de microcálculos é a pancreatite biliar. Porém, o tratamento tem divergências quanto ao manejo de pacientes com microcálculos. Objetivo: Analisar qual a abordagem mais indicada de manejo ao paciente com microcálculo biliar. Material e método: Análise de artigos e relatos de caso da plataforma Google Acadêmico e Scielo sobre manejo do paciente com microcálculo biliar. Nesse estudo, foram analisadas as condutas mais indicadas para pacientes com microcálculos biliares. Resultados: O microcálculo biliar, é uma doença que merece especial destaque no cenário de saúde, pois apesar de ser assintomático e consequentemente de difícil manejo dos pacientes, se não tratado devidamente pode representar sérios riscos de maiores complicações, como a pancreatite aguda, doença com morbimortalidade expressiva de diagnóstico simples. É válido ressaltar que, segundo consta no livro Blumgart's Surgery of the Liver Biliary Tract and Pancreas (2016), a incidência da litíase biliar aumenta com a idade em qualquer grupo étnico, possuindo várias condições que predispõem à formação de cálculos, incluindo as congênitas e as adquiridas dentre os diversos fatores de risco. Assim, é fundamental ter um diagnóstico precoce da formação de microcálculo biliar, principalmente quando o paciente se enquadra nos fatores de risco, como: a obesidade ou a rápida perda de peso, como em pacientes sujeitos à cirurgia bariátrica, baixos níveis de atividade física e dietas hipercalóricas. Outros fatores de risco estão relacionados com o uso de alguns fármacos, assim como a história familiar de litíase em parentes de primeiro grau. Visto que em idades elevadas há maior formação de microcálculos e, geralmente, também há comorbidades, como excesso de peso, hipercolesterolemia e uso regular de fármacos predisponentes para a litíase biliar, é necessário investigar a existência de microcálculos. Caso seja diagnosticado, o mais indicado a ser feito, segundo os artigos estudados, é o acompanhamento rotineiro e, se necessário, realizar procedimentos cirúrgicos a fim de evitar complicações, como a pancreatite aguda. Conclusão: Através da análise dos resultados sobre a presença de microcálculo biliar, é possível concluir que complicações como pancreatite aguda apresentam uma íntima relação com a litíase biliar. Percebe-se também, que a incidência desses microcálculos aumenta de acordo com a idade e com o uso de alguns fármacos. Sendo assim, fundamental um diagnóstico precoce para realizar o acompanhamento periódico da evolução dos microcálculos e, caso tenha risco de haver complicações, faça a abordagem cirúrgica antecipadamente, principalmente em pacientes que se enquadrem nos fatores de risco

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Publicado

2020-02-16

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG