Indicações para o uso de cetamina
Palavras-chave:
Cetamina. Usos terapêuticos. Dor. Anestesia.Resumo
Introdução: A cetamina é uma droga antagonista dos receptores N-metil-D-aspartato (NMDA), o que a torna qualificada para uso em diferentes fins que, conforme a dosagem, adequa-se como analgésico, sedativo, anestésico de indução ou anestésico de manutenção. Trata-se de um fármaco que já vem sendo empregado para o tratamento da dor crônica há muito tempo, apesar das poucas pesquisas formais a esse respeito. Além da cetamina ser indicada em cuidados pré-hospitalares, emergenciais e críticos sendo amplamente usada por anestesistas no mundo inteiro ela também possui propriedades anti-inflamatórias, broncodilatadores e neuroprotetoras. Objetivos: Apontar as diferentes indicações clínicas da cetamina nos cuidados com o paciente, destacando sua importância em diversas situações do cotidiano médico. Materiais e método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura na qual foram realizadas buscas nas plataformas PubMed, Scielo e Google Acadêmico utilizando os descritores "cetamina", "indicações", "usos terapêuticos", “dor” e “anestesia” indexados nos referidos bancos de dados entre 2009 e 2019. Resultados: A cetamina é cada vez mais usada para fazer analgesia e sedação em procedimentos pré-hospitalares e emergenciais. É ideal para o manejo de eventos traumáticos. A cetamina pode ser usada com segurança em combinações com outras drogas de indução ou sedação, p.ex. propofol. A combinação cetamina e propofol reduz em cerca de 50% a dose necessária de cada droga, e reduz a incidência e a gravidade dos efeitos colaterais de ambas. A cetamina tem efeitos broncodilatadores e é eficaz em pacientes com broncoespasmo agudo. Acredita-se que o efeito da cetamina sobre as vias aéreas seja através da modulação da cascata inflamatória. Uma revisão recente mostrou que a cetamina pode ter utilidade em casos de asma refratária ao tratamento convencional. A cetamina possui várias aplicações potenciais em cuidados críticos, tais como sedação, analgesia e o tratamento de broncoespasmo persistente. Em relação ao uso da substância para o tratamento de dor central, sua utilização reduziu a dor contínua com a reação de pequenos efeitos colaterais, o que revela sua eficácia para esses casos. A cetamina tem mostrado grande potencial anestésico local, principalmente no aspecto intra-articular em cirurgias ortopédicas, visto que produz analgesia persistente, sem a necessidade de muitos analgésicos adicionais. Demonstrou-se mobilização mais precoce do membro operado em cirurgias de joelho com a utilização da cetamina quando comparado com o magnésio ou tramadol. Apesar do seu efeito anestésico potente, apresenta uma reação adversa extremamente comum: alucinações. Como forma de resolver tais efeitos adversos, tem se mostrado eficaz a utilização simultânea de benzodiazepínicos ou de agonistas do receptor alfa-2. O uso de cetamina via oral mIntrodução: A cetamina é uma droga antagonista dos receptores N-metil-D-aspartato (NMDA), o que a torna qualificada para uso em diferentes fins que, conforme a dosagem, adequa-se como analgésico, sedativo, anestésico de indução ou anestésico de manutenção. Trata-se de um fármaco que já vem sendo empregado para o tratamento da dor crônica há muito tempo, apesar das poucas pesquisas formais a esse respeito. Além da cetamina ser indicada em cuidados pré-hospitalares, emergenciais e críticos sendo amplamente usada por anestesistas no mundo inteiro ela também possui propriedades anti-inflamatórias, broncodilatadores e neuroprotetoras. Objetivos: Apontar as diferentes indicações clínicas da cetamina nos cuidados com o paciente, destacando sua importância em diversas situações do cotidiano médico. Materiais e método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura na qual foram realizadas buscas nas plataformas PubMed, Scielo e Google Acadêmico utilizando os descritores "cetamina", "indicações", "usos terapêuticos", “dor” e “anestesia” indexados nos referidos bancos de dados entre 2009 e 2019. Resultados: A cetamina é cada vez mais usada para fazer analgesia e sedação em procedimentos pré-hospitalares e emergenciais. É ideal para o manejo de eventos traumáticos. A cetamina pode ser usada com segurança em combinações com outras drogas de indução ou sedação, p.ex. propofol. A combinação cetamina e propofol reduz em cerca de 50% a dose necessária de cada droga, e reduz a incidência e a gravidade dos efeitos colaterais de ambas. A cetamina tem efeitos broncodilatadores e é eficaz em pacientes com broncoespasmo agudo. Acredita-se que o efeito da cetamina sobre as vias aéreas seja através da modulação da cascata inflamatória. Uma revisão recente mostrou que a cetamina pode ter utilidade em casos de asma refratária ao tratamento convencional. A cetamina possui várias aplicações potenciais em cuidados críticos, tais como sedação, analgesia e o tratamento de broncoespasmo persistente. Em relação ao uso da substância para o tratamento de dor central, sua utilização reduziu a dor contínua com a reação de pequenos efeitos colaterais, o que revela sua eficácia para esses casos. A cetamina tem mostrado grande potencial anestésico local, principalmente no aspecto intra-articular em cirurgias ortopédicas, visto que produz analgesia persistente, sem a necessidade de muitos analgésicos adicionais. Demonstrou-se mobilização mais precoce do membro operado em cirurgias de joelho com a utilização da cetamina quando comparado com o magnésio ou tramadol. Apesar do seu efeito anestésico potente, apresenta uma reação adversa extremamente comum: alucinações. Como forma de resolver tais efeitos adversos, tem se mostrado eficaz a utilização simultânea de benzodiazepínicos ou de agonistas do receptor alfa-2. O uso de cetamina via oral mostrou eficiência no controle da dor fantasma, com o aparecimento de efeitos colaterais toleráveis. Apresenta a versatilidade quanto às possíveis vias de administração, dependendo do tratamento e das necessidades de biodisponibilidade, já que pode ser administrada por via: oral, retal, nasal, intravenosa, intramuscular, subcutânea, transdérmica, epidural ou intratecal. O uso da cetamina por via epidural proporciona o alívio completo da dor em síndromes complexas de dor regional. Sabe-se que a cetamina ministrada por via oral sofre intenso metabolismo de primeira passagem, reduzindo a biodisponibilidade do fármaco por essa via, além de resultar em um metabólito com efeitos pouco conhecidos: nor-cetamina. No entanto, sabe-se que as doses utilizadas por via oral para controle da dor são menores que as utilizadas por vias parenterais. A cetamina possui efeito considerável de analgesia sobre a dor decorrente da isquemia, contudo, com uma pequena janela terapêutica. Conclusão: Diante disso, conclui-se a cetamina é uma droga versátil com um delineamento admirável que permite o seu uso com êxito em uma grande variedade de situações.ostrou eficiência no controle da dor fantasma, com o aparecimento de efeitos colaterais toleráveis. Apresenta a versatilidade quanto às possíveis vias de administração, dependendo do tratamento e das necessidades de biodisponibilidade, já que pode ser administrada por via: oral, retal, nasal, intravenosa, intramuscular, subcutânea, transdérmica, epidural ou intratecal. O uso da cetamina por via epidural proporciona o alívio completo da dor em síndromes complexas de dor regional. Sabe-se que a cetamina ministrada por via oral sofre intenso metabolismo de primeira passagem, reduzindo a biodisponibilidade do fármaco por essa via, além de resultar em um metabólito com efeitos pouco conhecidos: nor-cetamina. No entanto, sabe-se que as doses utilizadas por via oral para controle da dor são menores que as utilizadas por vias parenterais. A cetamina possui efeito considerável de analgesia sobre a dor decorrente da isquemia, contudo, com uma pequena janela terapêutica. Conclusão: Diante disso, conclui-se a cetamina é uma droga versátil com um delineamento admirável que permite o seu uso com êxito em uma grande variedade de situações.