Influência da doença de Parkinson na qualidade de vida dos portadores

Autores

  • Rafael Jabbar
  • Thais Carolina Alves Cardoso
  • Adriano Ferro Rotondano Filho
  • Natália Sousa Costa
  • Bianca Yohana Machado Rodrigues
  • Humberto de Sousa Fontoura

Palavras-chave:

Doença de Parkinson. Qualidade de vida. Complicações.

Resumo

Introdução: A doença de Parkinson (DP) é caracterizada como uma doença neurodegenerativa comum, que atinge em torno de 100-150 pessoas em 100.000 habitantes. Ela afeta a saúde física, mental e psicológica o que reflete na redução da qualidade de vida (QV) do paciente. Os sintomas mais prevalentes são sintomas motores como a rigidez articular, a bradicinesia, a marcha parkinsoniana e a instabilidade postural associados a sintomas não motores, como a depressão, os distúrbios do sono e a disfunção cognitiva. De acordo com os estudos analisados, os sintomas pioram progressivamente com o aumento do tempo de vigor da doença, tornando os indivíduos sujeitos a limitações que atingem diretamente a qualidade de vida dos afetados. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida dos indivíduos portadores da Doença de Parkinson. Material e método: O presente estudo é uma revisão integrativa que buscou retratar a qualidade de vida dos portadores da Doença de Parkinson. Foram utilizados 12 artigos publicados entre os anos de 2015 e 2019, pesquisados nas seguintes plataformas: National Library of Medicine and National Institutes of Hellth (PubMed), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Biblioteca Acadêmica Regional de Medicina (BIREME), sendo utilizados os seguintes descritores: “Doença de Parkinson” e “qualidade de vida”. Resultados: Nos artigos analisados observou-se que a doença de Parkinson (DP) está associada ao envelhecimento humano, pois o surgimento dos sinais e sintomas ocorre após a diminuição de 85 a 90% da concentração de dopamina nos gânglios da base. De acordo com estudos, a prevalência de DP no Brasil é de 3,3%. Os estudos também demonstraram que a DP afeta emocionalmente os seus portadores, já que essa enfermidade limita as atividades diárias desses indivíduos por prover maiores complicações motoras, consequentemente os fazem perder a independência e os afasta da sociedade. Além disso notou-se um maior déficit cognitivo dos enfermos afetando ainda mais o aspecto emocional. A deficiência física foi a característica mais marcante da doença como causa de sofrimento dos portadores. Notou-se que quanto maior o grau dos sintomas e o tempo de estadiamento da doença, maiores são as limitações e complicações motoras resultando em condições precárias de vida. Conclusão: Portanto, pôde-se concluir que, além dos problemas motores, os estudos convergiram em uma associação entre deficiências cognitivas, depressão, diminuição do convívio social, alterações do sono e vários outros sintomas relatados. O presente estudo se mostrou eficaz para determinar que além das disfunções motoras, existe uma gama de sintomas secundários impactantes para a qualidade de vida dos portadores da doença de Parkinson. Sendo assim, o tratamento precoce dos sintomas é fundamental com o intuito de diminuir seu estadiamento além de promover a inserção desses pacientes na sociedade. Ademais, a partir dos estudos entende-se a necessidade de abordagens especializadas e direcionadas aos sintomas não motores que tanto afetam a qualidade de vida dos portadores da Doença de Parkinson. Para resolucioná-los o tratamento psicológico, acompanhamento psiquiátrico e terapias cognitivo-comportamentais são primordiais para o restabelecimento da qualidade de vida dos afetados.

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Publicado

2020-02-19

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG