Terapia pela arte: a influência da musicoterapia na receptividade de pacientes idosos

Autores

  • Layne Mendonça Schmitt
  • Luísa Castilho Amâncio
  • Guthieres Mendonça Schmitt
  • Ridania Vieira Tavares
  • José Mateus dos Santos Neto
  • Júlia Maria Rodrigues Oliveira

Palavras-chave:

Musicoterapia. Instituição de longa permanência para idosos. Voluntários. Relações interpessoais.

Resumo

Introdução: A música é um fato cultural e desde o século XX passou a ser reconhecida como ciência por ajudar na elaboração de conteúdos mentais-cognitivos e por estimular funções motoras e fisiológicas como a respiração, o ritmo cardíaco e a pressão sanguínea. O conjunto musical pode também influenciar os aspectos emocionais, favorecendo a autoestima ao resgatar memórias e aliviar temporariamente dores. Sabendo desses benefícios, cada vez mais a musicoterapia tem sido o meio para a recuperação de indivíduos. E tendo em vista o paciente idoso, essa ferramenta é também utilizada com o intuito de estabelecer vínculos, estimular a comunicação e facilitar o convívio, especialmente no caso daqueles institucionalizados. Objetivo: Relatar a importância da musicoterapia na receptividade dos pacientes idosos do asilo “Jesus Cristo é o Senhor” em Anápolis, Goiás. Relato de experiência: Aos sábados 20 participantes de um grupo de voluntários do curso de medicina do Centro Universitário de Anápolis, UniEVANGÉLICA, são mobilizados para realizarem rodas musicais e atividades na instituição de longa permanência. O violão é o instrumento utilizado para suporte e amplia a musicalidade no contexto de interação, corroborando para a alegria no semblante dos idosos assistidos. Em média 10 idosos participam ativamente da interação. Esses, por sua vez, pedem músicas que mais lhes agradam e os pedidos são acrescentados ao repertório pré-estabelecido. A preferência musical se concentra nos estilos musicais gospel e sertanejo. São cantadas em torno de 20 músicas por visita e essas são acompanhadas de coreografias e palmas. Discussão: A utilização da musicoterapia facilitou a socialização da maioria dos idosos institucionalizados no presente asilo. Primeiramente a música estimulou atividades mecânicas, como palmas e movimentos corporais, configurando um fato de fundamental importância devido à limitada oferta de atividades físicas. É possível notar também que esses sujeitos se tornam mais abertos ao diálogo durante ou após os cânticos, posto que as canções disparam sentimentos de saudosismo e essas lembranças produzem comentários sobre fé e esperança. Esses fatos, assim, afirmam a capacidade da melodia em gerar emoções e reações antes veladas. Já para aqueles que não se inserem nessas atividades musicais é notório que a música resgata sentimentos indesejáveis e para esses são necessárias outras estratégias de integração, como jogos com cartas. Conclusão: A realização de atividades musicais possibilitou a inserção dos voluntários ao ambiente da instituição de longa permanência mesmo que sucintamente. Além do mais, as práticas dessas atividades pelos idosos exercitam a expressão, o físico e a cidadania a ponto de fortalecer vínculos e melhorar convívio dentro da instituição. Contudo, nem todos os idosos se sentem à vontade com esse método. Assim cabe aos voluntários abordá-los e construir estratégias diversas para depois integrá-los.

Downloads

Publicado

2020-02-26

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG