Acidentes perfurocortantes e a Hepatite B em profissionais de saúde: uma revisão de literatura

Autores

  • Fernanda Guerra Filardi
  • Milena Vitoria Machado Moreira
  • Lorenna da Silva Braz
  • Letícia Emos de Araújo
  • Julia Bergamini Gomes
  • Karla Cristina Naves de Carvalho

Palavras-chave:

Hepatite B. Acidentes de trabalho. Profissionais de saúde.

Resumo

Introdução: A infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) é um dos principais problemas de saúde pública, sua transmissão acontece por via parenteral e sexual e o diagnóstico é feito através de técnicas sorológicas. A infecção costuma ser benigna na maioria das vezes, apenas 10% tornam-se portadores crônicos, podendo evoluir para hepatite crônica, cirrose hepática ou hepatocarcinoma.O HBV pode infectar qualquer indivíduo, mas há grupos de maior risco como os profissionais da área da saúde. Mesmo com a utilização de equipamentos para a proteção individual e o descarte correto de instrumentos perfurocortantes, o risco de contágio não é totalmente abolido. Objetivo :Verificar a taxa de prevalência de Hepatite B em profissionais de saúde, identificar a situação vacinal contra Hepatite B dessa classe de trabalhadores, observar as características dos acidentes com perfurocortantes e a conduta desses profissionais frente ao protocolo de acidente com material biológico da Hepatite B. Material e método:A revisão sistemática da literatura foi realizada a partir das bases de dados online Scielo, Lilacs e Medline. O estudo foi ampliada através de pesquisa em fontes governamentais como Ministério da Saúde e Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde. O total de artigos obtidos foram 15, entre os anos 2009 a 2019. Resultados: Estudos evidenciam que a taxa de prevalência da Hepatite B nos profissionais de saúde se apresenta em taxas de três a cinco vezes maiores que a população geral. Quanto a imunização, a maior parte dos profissionais de saúde alega ter realizado a cobertura vacinal completa da Hepatite B, porém menos da metade desses profissionais realizou o teste para verificar a imunizaçao após vacinação. Além disso, a taxa de profissionais suscetíveis à infecção por ausência de imunização completa ainda é preocupante, sendo em torno de 30%. Com relação aos acidentes com perfurocortantes, esses foram apresentados como mais frequente, principalmente, nos auxiliares de enfermagem, aumentando a ocorrência quanto maior o número de anos de serviço. Entretanto, quando analisada a classe médica ocorreu o oposto, quanto menor o número de anos de trabalho, maior era a taxa de acidente. Dentre os acidentados, os estudos evidenciam que poucos eram os profissionais que seguiam de forma correta o protocolo de acidente com material biológico da Hepatite B, não realizando o seguimento sorológico por 6 meses, não testando os pacientes-fonte ou não realizando a quimioprofilaxia quando indicada. Conclusão: Portanto, percebe-se que é necessária uma maior atenção hospitalar quanto a imunização dos profissionais de saúde e o seguimento da quimioprofilaxia da Hepatite B, quando essa for indicada. Além disso, salientar a importância desses fatores para os profissionais de saúde, visando uma maior adesão por parte desses.

Downloads

Publicado

2020-02-26

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG