Os impactos da medicina integrativa nos cuidados com o paciente

Autores

  • Isabela Perin Sarmento
  • Ana Laura Carvalho Almeida
  • Yasmin Santos Daguer
  • Rebecca Perin Sarmento
  • Kálita Oliveira Lisboa
  • Humberto Sousa Fontoura

Palavras-chave:

Medicina integrativa. Terapias complementares. Saúde holística

Resumo

Introdução: O termo medicina integrativa (MI) consiste em um novo paradigma no campo da saúde que tem como objetivo a integração dos diversos modelos terapêuticos, combinando métodos convencionais e complementares. A MI se baseia na abordagem do paciente como um todo, ou seja, na abordagem holística, e seus princípios envolvem a valorização da relação médico-paciente e a consideração de todos os determinantes que influenciam a saúde, incluindo mente, espírito, corpo e a comunidade na qual estão inseridos. . Objetivo: Apontar os diferentes impactos da medicina integrativa nos cuidados com o paciente. Material e método :Trata-se de uma revisão integrativa de literatura na qual foram realizadas buscas nas plataformas PubMed, Scielo e Google Acadêmico utilizando os descritores "medicina integrativa", "terapias complementares" e "saúde holística" e seus correspondentes em inglês. Foram selecionados 35 artigos, dos quais 15 se adequaram aos critérios de inclusão estabelecidos, dentre eles: publicações na língua portuguesa e inglesa, com relevância temática para esta revisão, e indexados nos referidos bancos de dados entre os anos de 2000 e 2019. Resultados: O interesse nas estratégias da Medicina Integrativa tem aumentado significativamente no meio médico. A abrangência da integratividade para o campo da saúde ainda é incompletamente identificado, porém há amplo potencial na medida em que se propõe: unificar o que há de melhor em distintas tradições; acolher o indivíduo incluindo corpo, mente, espírito e cultura; oferecer cuidado e cura, reforçando a participação ativa de diversos profissionais e do paciente; considerar os anseios e necessidades de diversos profissionais e do paciente; das pessoas em tratamento como evidências fundamentais do processo de tomada de decisão. Algumas das terapias usadas na MI incluem: yoga, complemento nutricional, acupuntura, musicoterapia, aromaterapia, hipnose, entre outras. Dentro do manejo da dor crônica, existem fortes evidências de que o uso da acupuntura como tratamento complementar ajuda a reduzir a prescrição e dependência de opioides. Além disso, observou-se que métodos como a yoga, relaxamento e aromaterapia em pacientes oncológicos internados contribuíram significativamente para a redução da necessidade de medicamentos para a ansiedade, insônia, náuseas e dor, o que leva a uma grande redução de gastos hospitalares. Entende-se a partir disto que a integralidade resulta no foco em atividades que priorizem a prevenção e saúde primária como principais meios de atuação. . Conclusão: Diante disso, conclui-se o grande potencial da medicina integrativa dentro do cuidado integral com o paciente. Além disso, faz-se compreensível que a MI pode ser definida como “a aplicação da medicina que corrobora o valor da relação entre paciente e profissional de saúde, com foco na pessoa e em sua integralidade, sendo inteirada por evidências científicas e empregando todas as abordagens terapêuticas, profissionais de saúde e disciplinas, para alcançar as mais adequadas condições de cuidado e cura”.

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Publicado

2020-02-26

Edição

Seção

ANAIS I CAMEG