Relação da dieta com os transtornos mentais
Resumo
RESUMO: Entende-se a alimentação como parte do cuidado integrado à saúde, uma vez que é indubitável a sua relação com o bem-estar físico e mental do indivíduo. Sendo assim, observa-se que, apesar de pouco mencionado e divulgado, o consumo de alguns alimentos influencia diretamente no surgimento de transtornos mentais em virtude dos componentes nutricionais presentes nos mesmos. Diante disso, o objetivo do presente trabalho é comparar alguns nutrientes específicos (o ômega-3 e o triptofano) com transtornos mentais singulares (a depressão, ansiedade e a esquizofrenia), de modo a demonstrar a relação que cada substância tem em cada transtorno específico e exaltar a influência da dieta como precursora de doenças. Para a realização deste estudo foi feita uma pesquisa nos bancos de dados Scielo e PubMed. Nos dois artigos selecionados acerca do aminoácido triptofano observou-se melhoria nos experimentos com ratos que ingeriram a substância ao comparar com os que não receberam nenhum tratamento. Além disso, estudos realizados também com L-triptofano concluíram que essa substância exerceu efeito antidepressivo. Já estudos que tomaram o ômega-3 como base para dietas no intuito de reduzir significativamente o nível de ansiedade dos participantes não mostraram eficácia da substância. O mesmo ocorreu em trabalhos considerando seu efeito na esquizofrenia, visto que as respostas não foram conclusivas e sólidas o bastante. Entretanto, em outra pesquisa aplicada tendo como base a influência do ômega-3 na depressão observou-se que houve diminuição significativa dos sintomas depressivos. Conclui-se, portanto, que é indiscutível a influência da alimentação nos transtornos mentais, mas são necessários mais estudos sejam realizados a fim de assegurar a relação de alguns nutrientes com essas doenças.