A toxicidade do chumbo e seu risco à saúde humana

Autores

  • Ana Vitória de Pina Cardoso Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Isadora Lima do Prado Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Jordana Oliveira Silva Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Maria Eduarda Diniz Antônio Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Maria Paula Borges Rodrigues Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA
  • Constanza Thaise Xavier Silva Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA

Palavras-chave:

Intoxicação, chumbo, aspectos clínicos

Resumo

Os metais pesados são elementos naturais da crosta terrestre, sendo identificados como as toxinas mais antigas conhecidas pelos humanos. Em relação ao chumbo, compreende-se que consiste em uma substância completamente estranha ao metabolismo do indivíduo. Diante disso, a OMS considera que concentrações plúmbeas teciduais superiores ao limiar de 10 μg/dL são prejudiciais ao funcionamento basal do organismo, sendo definidas tais ocorrências como Saturnismo ou Plumbismo. O presente estudo tem como objetivo verificar a intoxicação por chumbo e suas implicações aos diferentes sistemas do corpo humano. Trata-se de uma análise a partir de cinco artigos selecionados nas bases de dados Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Public Medlines (Pubmed) e Medlines, utilizando os descritores “lead exposure” and “prognostic” and “saturnism” and “neurotoxicity” and “renal system”, com seleção de artigos publicados entre 2014 e 2019. Os aspectos clínicos mais recorrentes nos casos de envenenamento por chumbo são transtornos neurocognitivos e neurofisiológicos, que acarretam problemas como a hiperatividade e déficits na cognição. Além disso, observa-se disfunções dos índices fisiológicos renais, com a excreção de biomarcadores que refletem danos no epitélio tubular; distúrbios hematológicos e cardiovasculares, a exemplo de quadros de anemia e hipertensão induzidas pelo chumbo, e a deposição desse material tóxico nos ossos durante um estado crônico do plumbismo. Concluiu-se que a exposição ao chumbo constitui um fator de risco à saúde humana e acarreta reações danosas à vários sistemas do organismo. Por fim, foi notado ainda que fatores como condições socioeconômicas, de moradia e de trabalho são também preditores dos riscos que o chumbo oferece.

Referências

SHARMA B.; SINGH S.; SIDDIQI N.J. Biomedical Implications of Heavy Metals Induced Imbalances in Redox Systems. BioMed Research International. v. 2014, p. 1-26, 2014.

ALVARENGA., et al. Brainstem auditory evoked potentials in children with lead exposure. Braz. j.otorhinolaryngol, v. 81, n. 1, p. 37-43 2015.

WRONSKA-NOFER., et al. Scintigraphic assessment of renal function in steel plant workers occupationally exposed to lead. J Occup Health, v. 57, p. 91-99, 2015.

DESCANIO., et al. Intoxicação infantil por chumbo: uma questão de saúde e de políticas públicas. Psicologia em revista, v. 22, n. 1, p. 90-111, 2016.

HARA, A. et al. Incidence of nephrolithiasis in relation to environmental exposure to lead and cadmium in a population study. Environmental Research, v. 145, p. 1–8, 2016.

ABUSHADY., et al. Blood lead levels in a group of children: the potential risk factors and health problems. J Pediatr, v. 93, n. 6, p. 619-624, 2017.

BRASIL, Ministério da saúde. Escola nacional de saúde pública Sérgio Arouca. Fundação Oswaldo Cruz. Avaliação de biomarcadores de exposição, efeito e suscetibilidade para chumbo em indivíduos expostos a resíduos industriais no Condomínio Volta Grande IV, município de Volta Redonda, RJ. Rio de Janeiro: Ministério da saúde, 2017.

Downloads

Publicado

2019-07-01

Edição

Seção

RESUMOS - Medicina Preventiva